Enviada em: 03/07/2019

O filme Pelos Olhos de Maisie, de 2014, conta a história do divórcio conturbado dos pais da personagem principal, a qual sofre com alienação parental, interferência de um dos genitores nos sentimentos e psicológico da criança, atrapalhando o relacionamento saudável. Sob esse viés, essa ação ocasiona danos no desenvolvimento infantil, além de ser considerado um crime, necessitando de uma visibilidade maior. Dessa forma, há diversos perigos acerca da problemática na vida dos indivíduos infanto-juvenis, como transtornos comportamentais e em casos mais extremos - o uso demasiado de drogas e álcool, indo em direção contrária do Estatuto da Criança e Adolescente.   Mormente, a Síndrome de Alienação Parental é crescente na atual conjuntura brasileira, conforme dados do Tribunal de Justiça de São Paulo, o número de processos aumentou 5,5% de 2016 para 2017, revelando a gravidade da situação. Sendo assim, as crianças e adolescentes são as principais vítimas, pois sofrem pressões psicológicas com a finalidade de desenvolver sentimentos negativos perante um dos genitores e, por consequência, causar efeitos no crescimento saudável. Nesse cenário, esses indivíduos acabam não sabendo lidar com a situação e procuram no mundo das drogas e bebidas alcoólicas um meio de fugacidade, formulando um abismo cada vez maior.   Ademais, o ECA assegura o direito inviolável a liberdade de convivência familiar com todos os integrantes do núcleo, cujo não ocorre quando há um divórcio conturbado, visto no filme Pelos Olhos de Maisie, surgindo na personagem principal o sentimento profundo de culpa pela separação. Desse modo, nota-se que várias crianças sofrem como Maisie e, consequentemente, ficam agressivas e com transtornos comportamentais, interferindo de maneira direta na vida social e educacional. A partir desse pensamento, o filósofo Francis Bacon ao afirmar que o comportamento humano é contagioso, torna-se enraizado e frequente a medida que se reproduz, descreveu o cenário de expansão da alienação parental, considerado crime, sendo um perigo para a sociedade civil.   Dessarte, há diversos perigos da alienação parental, principal no desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes, necessitando de uma rápida intervenção. Diante disso, o Ministério da Justiça deve intensificar as práticas de acompanhamento psicológico durante o processo de divórcio, por meio da formulação de um equipe especializada com psicólogos e assistentes sociais, para realizar visitas constantes e realizar trabalhos socioeducativos, os quais busquem uma análise profunda da situação e promova a solução, com a finalidade de garantir o bem-estar das vítimas e a punição correta aos genitores perante essa situação. Por fim, essas medidas possui o caráter de assegurar o direito do ECA e proteger o desenvolvimento saudável.