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Enviada em: 04/02/2019

Indiscutivelmente, uma alimentação correta influi diretamente no processo de desenvolvimento de uma criança ou mesmo de um adolescente. Assim, é de fundamental importância discutir acerca da alimentação a rede pública de ensino, levando-se em consideração seu papel, benefícios e desafios enfrentados a respeito desse assunto. Desse modo, não se pode deixar de citar a relevância disso para a redistribuição de renda para a população mais carente. Entretanto, a corrupção, em se tratando de desvio de verba, torna essa medida pouco eficiente em diversos casos, deixando quem seria beneficiado a mercê da irresponsabilidade política.      Por essa lógica, a merenda escolar, ideia surgida em meados do final do governo Vargas, 1954, a partir do Programa Nacional de Alimentação Escolar, deveria ser, e é em alguns casos, uma medida de cunho assistencialista, tendo em vista todo o cenário de pobreza brasileiro no qual mais de 50 milhões de brasileiros vivem com menos de 15 reais por dia segundo fontes do IBGE. Todavia, o país ainda vive uma realidade distópica em que a infraestrutura escolar compromete a eficiência dessa iniciativa, já que, na maioria massacrante das vezes, as cozinhas apresentam-se em péssimo estado de uso, revelando, pois, o real grau de descaso com a população por parte dos governantes.      Caminhando ainda por esse trágico cenário -- de sucateamento das instituições que formam pessoas --, é possível perceber que o ponto fulcral da questão situa-se na má gestão dos recursos públicos para a educação e tudo o que ela deveria abarcar. Dessa maneira, pode-se comprovar empiricamente o lamentável estado das instituições de ensino e das suas estruturas, principalmente em nível municipal, de modo que falta alimento para ser preparado ou faltam copeiras que os preparem. Por isso, parte do público mais necessitado sofre vilipendiosamente os efeitos da irrazoabilidade, irresponsabilidade e incompetência administrativas.      Destarte, diante o cenário degradado da alimentação na rede pública de ensino, são necessárias medidas que superem tal realidade. Por conta disso, o Ministério da Educação, responsável precípuo em investir nesse setor, deve incentivar a criação de secretarias em níveis municipais e estaduais, por serem ambas as esferas vítimas do descaso, a fim de intensificar um processo de fiscalização tanto da estrutura, a parte física em si, quanto do fim dado as verbas para educação, a parte administrativa. Com isso, busca-se diluir qualquer estratégia de fraude, corrupção de mais baixo nível, com relação à alimentação  escolar. A partir dessas iniciativas, mudanças concretas serão percebidas e se poderá estar mais próximo do bem geral de todos.