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Enviada em: 14/03/2019

Segundo o escritor Gilberto Freyre o ornamento da vida está na forma como um país trata as suas crianças. De fato, para o crescimento de um país é de suma importância investimentos na qualidade educacional na fase inicial de vida. No entanto, quando até mesmo a alimentação dos pequenos é desregrada ou precária pode ter um impacto muito grande na aprendizagem e na vida adulta desses indivíduos. Nesse sentido, isso vem sendo refletido nas escolas públicas no Brasil, pois se em algumas a alimentação está excedendo os valores nutricionais em outras a merenda é totalmente ausente. Dessa forma, é preciso medidas educacionais e políticas para vencer essa problemática.   Convém ressaltar, a princípio, que de acordo com a Escola Educação os hábitos alimentares consolidados na vida adulta são adquiridos durante a infância. Por essa razão, é importante estimular as crianças o mais precoce possível a ter contato com certos alimentos. Entretanto, a entrada de comidas nocivas à saúde no ambiente escolar, principalmente àquelas trazidas de casa, tem contribuído para o aumento de casos de sobrepeso, sobretudo, as crianças entre 5 e 9 anos, segundo o Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Somando-se a isso, a ausência de investimentos nas refeições preparadas nas próprias  instituições, visto que em algumas escolas é fornecido lanches com alto teor de carboidrato e gorduras, devido ao excesso de produtos industriais.     Por outro lado, a merenda oferecida em escolas públicas, principalmente no Norte e Nordeste é considerada, de acordo com o Sistema de Indicadores de Percepção social (SIPS), ruim e insuficiente. Haja vista que a alimentação é escassa, há alimentos vencidos, entre outros. Sendo, dessa maneira, impossível atender ao cardápio enviado pela Secretaria de Educação nas escolas por falta de recursos, devido a corrupção que ocorre nesse setor. Nesse contexto, os pequenos são os mais prejudicados, pois além de afetar o ensino muitas famílias dependem dessas refeições para sustentar os filhos. Por esse motivo, as instituições fazem verdadeiras "manobras", como encorpar o suco ou o molho de carne, bem como impedir que o aluno repita a refeição para suprir esse déficit na alimentação.   Portanto, percebe-se que para assegurar o direito dos alunos é imprescindível investimentos e fiscalização das refeições oferecidas nas escolas do Brasil, bem como trazer uma reeducação alimentar para esses jovens. Para tanto, o Governo Federal através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) investir na contratação de profissionais como nutricionistas para auxiliar no cardápio dos pequenos, em consonância com investimentos na adquirição de alimentos saudáveis através da agricultura familiar e a fiscalização com ajuda da Polícia Federal para evitar desvios de verbas .públicas. Pois, desse modo, investir na criança estará alimentando uma nação.