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Enviada em: 25/06/2019

Como forma de garantir uma alimentação adequada nas escolas brasileiras, criou-se o Programa Nacional de Alimentação Escolar, em 1954. No entanto, o que se percebe, no Brasil, é que ainda existem alguns problemas ligados à alimentação na Rede Pública de ensino. Nesse sentido, a falta de um acompanhamento nutricional e a precariedade da comida em algumas escolas edificam uma realidade ameaçadora para os estudantes além de ferir o direito do cidadão de ter acesso à nutrição, o que é defendido pelos Direitos Humanos. É válido, portanto, analisar os fatores que sustentam essa problemática visando a mitigá-los.      Em primeiro plano, vale ressaltar que ainda não existe uma orientação nutricional nas escolas. Como consequência disso, alguns infortúnios, como obesidade bem como prejuízos à saúde, se tornam mais recorrentes, prejudicando o bem-estar dos estudantes. Em defesa disso, o Ministério da Saúde mostra, por meio de pesquisas, que o número de alunos com sobrepeso aumentou consideravelmente nos últimos dois anos. Sob tal ótica, percebe-se, a necessidade do Estado em adotar medidas para se combater essa deficiência, o que poderia ser feito com profissionais nutrólogos nas escolas. Todavia, a negligência Estatal com a questão ainda é presente, dificultando resolução do problema.      Além disso, a falta de qualidade de alguns alimentos em determinadas regiões constitui outro obstáculo. No Nordeste, por exemplo, cerca de 40% das escolas sofrem com as más condições alimentícias, fruto, muitas vezes, transporte precário. Ademais, o responsável pela pesquisa, o Ministério da Saúde, também revela que, no Amazonas, muitos alimentos são descartados devido à insalubridade do armazenamento, o que acaba por reduzir a comida disponível aos alunos e, dessa forma, muitos deles não comem o suficiente para suprir as necessidades do corpo.      Destarte, medidas fazem-se necessárias para se dirimir os problemas de alimentação nas escolas públicas brasileiras. Posto isso, o Ministério da Educação deve promover o emprego de nutricionistas, periodicamente, nas instituições públicas de ensino, por meio de parcerias com profissionais do ramo, a fim de se ter um maior equilíbrio na alimentação dos alunos. Em adição, compete ao Estado, com a ajuda de especialistas em saúde, ajudar a minorar a questão do sobrepeso, de forma a elaborar um documento oficial que regulamente a distribuição de alimentos de forma mais saudável, para que se possa se minorar a ocorrência da obesidade. Por fim, o Governo Federal precisa reverter o quadro precário no qual vivem algumas escolas mais carentes, destinando verbas para a melhora da  e do transporte desses núcleos, com o fito de ter melhores condições de resguardo dos alimentos. Assim, poder-se-à construir um país que cumpra, genuinamente, às diretrizes vigentes nos Direitos Humanos.