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Enviada em: 03/08/2019

Durante toda a história das civilizações, o alimento enquanto representação cultural se fez presente por meio da pesca, colheira, e caça que além de ser a principal forma de obtenção de alimento, era um ritual de passagem entre os jovens para a fase adulta. Hodiernamente, não restam dúvidas que a alimentação saudável é sinônimo de qualidade de vida e essa deve ser garantida desde a infância seja em âmbito familiar ou escolar. Entretanto, o grande número de desvio de verbas destinadas a merenda escolar das redes públicas combinados a má alimentação e ausência do estímulo as atividades físicas, são fatores determinantes para os altos índices de obesidade e possíveis desencadeamentos de doenças, tornando necessárias medidas de caráter não apenas público, mas social.       A princípio, deve-se pontuar que o principal problema da alimentação nas rede pública de ensino é a ausência dessas merendas decorrente da grande corrupção. Desse modo, principalmente em bairros mais pobres nos quais muitas famílias enfrentam dificuldades financeiras e dependem do auxílio das escolas para fornecer alimento para seus filhos, em casos em que essas merendas não chegam, torna-se o pesadelo de muitas dessas famílias, além da evasão escolar por falta de condições básicas como foi o caso da Escola Estadual Professora Rosentina Faria Syllos, em São Paulo, na qual precisou dispensar seus alunos mais cedo por falta de merendas.       Ademais, a carência nutricional, decorrente do desvio de verbas destinadas a merenda escolar e o baixo índice de alunos que praticam algum tipo de esporte são os principais fatores que desencadeiam o aumento da obesidade e a possível presença de doenças em crianças e jovens que antes eram vistas mais comummente em idosos. Tendo em vista esse aspecto, a escola é o meio onde a criança passa sua maior parte do tempo, por isso é de responsabilidade social que essa forneça o acompanhamento nutricional adequado, respeitando suas culturas e tradições a fim de contribuir para o crescimento e desenvolvimento dos alunos, como legitima a Lei 11.947, de 16 de julho de 2009, artigo 20.         Em suma, está claro que a falta ou inadequação da alimentação nas redes de ensino tornou-se um problema público. Portanto, é imprescindível que o Governo Federal em parceria com a Polícia Federal, investigue toda verba destinada a merenda escolar, por meio de canais de denúncia em parceria com as escolas, objetivando uma maior fiscalização e certeza do destino final dessas verbas. Além disso, é importante também o auxílio do Ministério da Saúde na reorganização e adequação da merenda escolar por meio da inserção de cardápios produzidos por profissionais de Nutrição juntamente com práticas esportivas, a fim de não só proporcionar um modo de vida saudável aos seus alunos mas na formação de cidadãos que alimentam-se de forma consciente, fazendo valer o que diz a Lei 11.947.