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Enviada em: 18/08/2019

A injustiça cometida a um cidadão, é uma ameaça a todos. O pensamento de Montesquieu nos permite refletir, no hodierno, sobre como a precária alimentação na rede pública de ensino representa um problema a ser enfrentado de forma mais estruturada no Brasil. Nessa perspectiva, convém a análise imprescindível de fatores e consequências, a fim de liquidar essa inercial problemática.  Observa-se, em primeira instância, que de acordo com o Artigo 6º da Constituição Federal, é dever do Estado promover os direitos sociais a Alimentação e Educação. Todavia, é indubitável que a incúria governamental esteja atrelada a essa complicação. Em análogo, segundo a CGU, Controladoria Geral da União, foram desviadas cerca de 2 bilhões de verbas resignadas à merenda escolar no Brasil. Paralelo a isso, em virtude da corrupção e a displicência do poder público na garantia da integridade do repasse fiscal, propicia na clara falta de aparato do governo, em zelar pelo bem-estar físico e coletivo de jovens e crianças em âmbito escolar.  Vale ressaltar, ainda, que o desleixo da sociedade em adquirir hábitos alimentares apropriados, agrava esse problema. Conforme Émile Dhurkheim, o fato social é maneira coletiva de agir e pensar provida de coercitividade e exterioridade. Dessa forma, em progressão a mesma linha de pensamento, nota-se que a apatia pela questão alimentar saudável no seio social, oriunda da carência de informações adequadas, culmina não só em problemas de obesidade, como também na desnutrição infantil.  Portanto, urge a necessidade na qual o Governo Federal em parceria com o Ministério da Educação, devam criar um sistema vanguardeiro de monitoramento de recursos e repasses de verbas para escolas públicas, promovendo a ampla transparência de dados, com objetivo de assegurar o acesso a alimentação adequada. Juntamente com a criação e distribuição de cartilhas informacionais sobre métodos alimentares condizentes para cada faixa etária estudantil, por meio das secretárias de educação. Em suma, visando findar a instabilidade na alimentação da rede pública.