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Enviada em: 11/08/2018

O documentário "The Criator Shift" aborda o tema da capacidade da internet de emponderar o indivíduo, visto que essa rede virtual proporciona uma grande visibilidade sem que o criador de conteúdo tenha poder político ou econômico. À vista disso, essa rede de comunicação trouxe autonomia para cada pessoa conhecer e se expressar sem que precise seguir uma única linha de raciocínio pressionada por uma marca ou empresa. Nesse sentido, essa ferramenta traz novos modos de se informar e de se promover cidadania de forma independente.                Em primeiro plano, o canal "Porta dos Fundos", o maior canal da plataforma Youtube no Brasil, atinge em média metade da audiência da televisão fechada, segundo o documentário citado. Em virtude disso, os vídeos do canal que levam mensagens de forma irônica e divertida de modo a questionar certas pautas da atualidade vêm ganhando cada vez mais espaço. Dessa maneira, eles estão politizando e espalhando informações de forma acessível e bem-humorada, os tornando grandes formadores de opiniões. Logo, como diria Paulo Freire "O conhecimento não transforma o mundo. O conhecimento muda pessoas. Pessoas transformam o mundo.", ou seja, aplicando-se ao tema, a internet gera um conteúdo que é capaz de mudar a vida dos cidadãos e suas realidades e, por isso, é necessário que todos tenham acesso à internet.             Ademais, essa rede de comunicação tem a importante função no quesito acessibilidade, uma vez que esse meio permite que grande número de pessoas se organizem para debater e cobrar seus direitos de forma dinâmica. Em razão disso, os indivíduos usam a internet para amplificar suas mensagens, como, por exemplo, em 2014, onde cerca de 1 milhão de pessoas se organizaram pela internet para protestar contra o governo na capital paulista, segundo o portal G1. Dessa forma, o papel desse meio também se torna democrático, posto que facilita o exercício da cidadania e serve para disseminar ideologias e imagens de resistências, como o do filósofo Voltaire, que dizia que o povo tem direito de se revoltar em nome da razão.               Entende-se, portanto, que cabe ao Ministério das Comunicações, por intermédio de um projeto de integração social, colocar acesso à internet em áreas públicas, como praças, bibliotecas e parques, para que todos os cidadãos possam ter acesso tanto a informação quanto ao direito de exercer sua cidadania debatendo e protestando. Por fim, cabe ao Ministério da Educação, junto ao Governo Federal, por meio da promoção de bibliotecas públicas, criar espaços cibernéticos para famílias de baixa renda que não possuem acesso à nenhuma dessas tecnologias que acessam a internet, para que possam ter o mesmo contato com o conhecimento e o emponderamento do indivíduo.