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Enviada em: 09/08/2018

A internet na contemporaneidade se tornou mais do que um conjunto de redes de computadores, o mecanismo socializa pessoas de diferentes classes. A ascensão das redes sociais facilita a comunicação entre os usuários, além disso, permite que indivíduos possam discutir sobre diversos assuntos atuais, incluindo temas importantes, como política. Essa tecnologia constrói uma geração mais engajada em movimentos sociais, porém cria uma nova tendência, do "cidadão intelectualizado".        Segundo o IBGE, aproximadamente 65% da população (acima de 10 anos) têm acesso à internet. A polarização desse mecanismo tecnológico vem mudando a percepção dos brasileiros a cerca de temas importantes. Ferramentas como o Facebook, por exemplo, acumula grupos de debates e com frequência apresenta jovens mais engajados na política, por meio da criação desses vínculos virtuais o usuário consegue ler outros ideais e compartilhar os seus. Além disso, essa mesma rede social possibilita a disseminação de eventos, e dessa forma, muitos usuários conseguem, por exemplo, o local e horário que ocorrerão movimentos sociais, palestras ou grupos de discussão em sua cidade. A fácil manipulação desses mecanismos comunicativos fez com que mais jovens entrassem em uma esfera de empoderamentos, na qual bem-estar, auto-estima, saúde e política pudessem ser debatidos com outros usuários em comum.     Por conseguinte, a polarização das redes sociais, também gera um público tendência. A maior concentração de pessoas em um movimento social, por exemplo, atrai usuários desinformados, e que muitas vezes desconhece das causas da manifestação, mas querem ser incluídos em um grupo. A moda do "cidadão intelectualizado" vem gerando indivíduos que gradativamente engajam em debates sem o mínimo de conhecimento sobre o tema discutido, postagens sobre política e ideologias ganham curtidas e compartilhamentos, e posteriormente ibope.  A consequência disso são os jovens doutrinados em ideologias e a veiculação mais frequente de discursos de ódio em grupos vulneráveis.        A capacidade da internet empoderar o jovem é real, mas também gera uma juventude intolerante, visto a procura dos usuários por visões que reforcem suas opiniões. A fim de evitar a circulação de discursos de ódio virtuais, é preciso que as redes sociais sejam arduamente analisadas, e que os administradores punam e facilitem a denúncia de perfis que propagam ódio. Para isso, o governo federal deve agir para reforçar o problema, dessa forma, a discussão do assunto em jurisprudência pode detectar e caracterizar o perfil de usuários que realizem a banalidade, e assim, tornar mais fácil para que as autoridades identifiquem e punam os "meliantes virtuais". Buscando defender e levar a lei até a "sociedade online", menos pessoas sofrerão com agressões verbais.