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Enviada em: 24/10/2018

Voz Presente  O termo "empoderamento" foi traduzido ao português pelo educador Paulo Freire, no século XX. Na Língua Inglesa, "Empowerment" faz referência à administração de empresas, á descentralização de poderes, e Freire deu um novo significado ao mesmo, que hoje é muito utilizado pelos brasileiros: empoderar-se é ser livre, realizar tarefas sem interferência de terceiros. Atualmente é um tema em voga, resultado do advento da internet, e posteriormente, das redes sociais. A web passa a imagem de liberdade e a impressão de reconhecimento moral entre as pessoas, além de ser apontada por especialistas como um canal democrático. Mesmo com tantas vantagens, ainda assim há um mal uso.  Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 69% da população brasileira utiliza a internet pelo celular - na correria diária, é o meio mais viável para se conectar e informar-se. Por serem muitas pessoas logadas, há impressão de identificação moral entre elas, o que facilita a organização de passeatas com o mesmo propósito, por exemplo. Em um mundo globalizado, as notícias rodam muito rápido; e mesmo que a sensação interna não seja de liberdade, na internet todos são livres.  Já afirmava Bruce Lee "a incapacidade de adaptar-se traz a destruição", é devido a isso que a democracia se fortalece cada vez mais, mesmo que em vezes seu fundamento se embaralhe, há um diálogo intenso nas redes sociais. Isso também resulta na identificação ideológica já citada, que inclusive foi imensamente importante para o Egito em 2011, no qual a internet permitiu a junção do movimento social local com as mídias estrangeiras, e o resultado disso foi a comoção global.  Portanto, no quesito comunicação, a internet realmente aproximou as pessoas e fez crescer a discussão democrática que deu voz ao homem - a mesma que até então ele desconhecia. Mas para que isso cresça cada vez mais e de forma saudável, é importante que cada indivíduo tenha em mente que liberdade de expressão é diferente de intolerância; e para que isso concretize-se, devem haver mais iniciativas privadas e governamentais para divulgar as "regras" que devem ser obedecidas nas redes. Como também deve-se criar órgãos mundiais de combate ao ódio, em que o mesmo organizaria palestras e também outras manifestações para cessar tantos comentários, falas e ações abomináveis.