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Enviada em: 15/04/2017

De acordo com Albert Einsten, "tornou-se chocantemente óbvio que a nossa tecnologia excedeu a nossa humanidade." Suas palavras ilustram o cenário da sociedade brasileira que imergiu no mundo tecnológico e tem a sensação de poder, ao conseguir ascender socialmente e economicamente pela ferramenta conhecida como internet.  Na célebre série de televisão "Black Mirror", a tecnologia consegue superar e determinar as relações humanas. Fora da TV, o grande espaço que a internet adquiriu influencia diretamente os aspectos sociais e econômicos. Esse mecanismo possui o poder de realizar grandes mobilizações sociais como por exemplo, nos protestos organizados em 2013 no Brasil. Além disso, atua também nos setores comerciais, como visto no aumento de empresas que atuam hoje apenas online. Diante disso, é importante ressaltar que ao longo dos anos, hábitos que antes eram realizados de forma física são trocados pela praticidade oferecida pelo mundo virtual. Convém considerar que a massiva publicidade infantil inserida no cotidiano das crianças ou a facilidade em ofender os outros anonimamente na internet acarretam em consequências que dizem respeito a mudança nas relações interpessoais dos indivíduos. Crianças que trocam a infância por celulares e o crescente número de casos de cyberbullying evidenciam esse fator. Torna-se evidente, portanto, que medidas são necessárias para resolver esse impasse. Para que esse empoderamento seja diminuído, cabe ao governo em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia regulamentar o uso da ferramenta para que este seja moderado e não utilizado de forma pejorativa, abrindo também ouvidorias online para alvos de cyberbullying delatarem seus casos. Ademais, é preciso que existam palestras ministradas pelo MEC afim de incentivar por meio da família e da educação a desconexão do mundo virtual para as crianças. Afinal, como disse Platão "o importante não é viver, mas viver bem."