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Enviada em: 28/04/2017

No início do século XXI, a chamada Revolução Tecnológica possibilitou o acesso à internet por grande parte da população. Na contemporaneidade, os meios virtuais se tornaram formas de empoderamento dos indivíduos, ao mesmo tempo em que propiciaram os crimes de ódio online.  Fatores de ordem social, bem como educacional, caracterizam o dilema  da questão cibernética no país.    É importante ressaltar, de início, o ativismo virtual como grande expoente da temática. Ao possibilitar o livre acesso à informação e uma ampla rede de comunicações, a internet permitiu que novos meios de exercer a cidadania fossem criados. Nesse sentido, segundo o site Planeta Sustentável, um organização do Brooklyn, Nova York, conseguiu arrecadar online o dinheiro necessário para construir hortas no topo de prédios, colaborando com a dinâmica ecológica da cidade.    Entretanto, apesar dos evidentes benefícios que o espaço virtual ocasiona, ainda existem graves falhas no manuseio dessas tecnologias. O avanço da internet no meio social não foi acompanhado por uma orientação das escolas e outras instituições quanto a seu uso. Nesse contexto, a democratização do acesso a essas redes, juntamente com a inconsciência na sua utilização, permitiu que discursos de ódio e repressão a minorias se espalhassem. Tal fato pode ser ratificado pelas ataques racistas sofridos pela jornalista Maju Coutinho em seu perfil no Facebook.      É notória, portanto, a influência de fatores sociais e educacionais na temática supracitada. Nesse viés, cabe às ONGs, em parceria com a mídia, estimular o ativismo virtual entre a população. Essa medida pode ser efetivada por meio de campanhas na internet, rádios e televisões sobre formas de contribuir com determinadas causas. Paralelamente, as escolas devem conscientizar os jovens sobre o uso cidadão das redes sociais. A ideia é, a partir de palestras e debates nas salas de aula, coibir o comportamento preconceituoso e intolerante não só no meio virtual, como também no cotidiano de cada indivíduo.