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Enviada em: 24/05/2017

O avanço da tecnologia proporcionou mudanças positivas no conceito de intervenção social. A facilidade de acesso à internet, em qualquer hora e lugar, deu voz aos setores mais excluídos da sociedade, uma vez que a internet é um espaço democrático onde todos podem expressar-se livremente. Esta é utilizada como meio de ativismo virtual, sobretudo pelos jovens, no intuito de que a sua reivindicação alcance lugares outrora longínquos, mas que com a tecnologia se tornaram próximos. Pessoas de todas as partes do mundo podem conectar-se, unindo-se pela mesma causa.        No que concerne à liberdade de expressão, este é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal do Brasil (C.F./1988), em seu artigo 5º. Logo, é legitima a incitação de debates aprazíveis acerca de questões sociais, bem como a difusão de informações sobre assuntos de interesse comum. Por meio de tais discussões, é notória a sensação da intensidade de uma luta igual para todos com o objetivo de conquistar a efetiva igualdade de todos os cidadãos independente de cor, credo ou posição social.        Salienta-se que a liberdade de expressão não é ilimitada. Situações incluindo cyber bulling e discursos de ódio são consideradas crimes. Em meio a toda essa gama de expressões de opiniões semelhantes ou não, existem muitos casos de desrespeito ao posicionamento do outro. É inaceitável qualquer forma de intolerância ao modo diverso de pensar. Ademais, uma preocupação que se tem é a formação de uma militância que se restringe apenas ao meio virtual, onde os indivíduos expõem uma teoria que não condiz com as suas práticas sociais, o que gera uma situação de discrepância entre o falar e o agir.        A forte influência social da internet, portanto, deve ser utilizada de maneira sensata como uma arma de luta. No âmbito escolar, o jovem deve ser conscientizado deste poderoso artifício ao alcance das suas mãos para intervir no contexto politico, social e econômico em que vive, aprimorando, dessa forma debates levantados diariamente na busca da conquista dos seus ideais. É na escola que os futuros agentes sociais devem ser apresentados ao universo virtual, orientados para compreender que, para além da conjuntura lúdica, dentro das famosas redes sociais, por exemplo, os usuários detém o poder da palavra, criticando, ratificando e cobrando os seus direitos.