Materiais:
Enviada em: 30/08/2017

A internet teve um grande papel nas revoluções árabes, ocorridas no ano de  2011, no qual houve, após muitos movimentos populares,organizados em redes sociais,a deposição de diversos chefes de Estado de países autoritários. Esse fato valida o papel transformador que a rede produz,contudo,atualmente,em um mundo repleto de discursos de ódio e um sentimento de antiglobalização cada vez maior,coloca-se em xeque esse papel de empoderamento de pessoas ou grupos que é produzido por esse meio de comunicação.       Antes de tudo, é essencial ressaltar os aspectos positivos que criaram-se pela internet, especialmente no cenário político brasileiro. A aproximação de candidatos a cargos políticos aos seus eleitores,no Facebook e Twitter, e também pressões por parte da população,em sites de abaixo-assinado,nas decisões negativas do Governo brasileiro,como o decreto que extingue a Reserva Nacional do Cobre e Associados,na Amazônia, são grandes exemplos que aquele poder pode ser exercido de forma útil e bem direcionada.       Entretanto, convém mostrar que o aumento de alguns comentários na rede já ultrapassaram o limite da liberdade de expressão. Um levantamento feito pelo projeto Comunica Brasil mostrou que cerca de 84% das postagens de diversos temas sensíveis como racismo,homofobia e feminismo são abordados de forma discriminatória e preconceituosa. Esse problema não se restringe ao Brasil, A Alemanha estuda multar empresas como Facebook e Twitter se não coibirem essa prática.       Fica evidente, portanto, que,embora muitas vezes o empoderamento seja positivo para sociedade,é necessário determinar limites a esse poder. Nesse sentido, as Escolas têm o papel de transmitir esse limite à nova geração por meio de palestras e oficinas,e o Estado brasileiro deve, para coibir esse ódio,formular leis e tornar a fiscalização no meio virtual mais rígida. Talvez assim a internet volte novamente tornar-se um meio de grandes revoluções mundiais e deixe o ódio para trás.