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Enviada em: 25/08/2017

Em 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou o acesso à internet como um direito humano. Essa notável decisão expôs a relevância dos meios de comunicação online no mundo contemporâneo, apesar de o uso dessas redes ainda se mostrar deficitário por alguns indivíduos. Fatores de ordem social, bem como histórica, caracterizam o dilema do papel da internet na atualidade.    É importante pontuar, de início, a influência da utilização inconsequente das redes sociais nessa temática. Ao garantir a liberdade de expressão e uma falsa noção de anonimato, o meio cibernético é utilizado por vários usuários para propagar discursos de ódio e afronta às minorias. Tal fato pode ser ratificado pelos recentes ataques racistas que a jornalista Maju Coutinho sofreu em seu perfil do Facebook. Com o surgimento hodierno dessas tecnologias, os limites e a coerção de comportamentos negligentes ainda são difusos, favorecendo a proliferação de casos que não recebem a devida punição.       Outrossim, tem-se o indubitável poder de participação garantido pela internet como característica do tema. Nesse sentido, a eclosão de protestos e revoltas no oriente médio, conhecida como Primavera Árabe, teve como protagonista redes sociais como o Twitter, que possibilitou a mundialização das reivindicações que estavam acontecendo na região. Nesse sentido, as novas tecnologias garantem aos indivíduos a autoridade de se integrar a questões políticas e sociais, favorecendo o bom funcionamento do regime democrático. Dessa forma, garantir a utilização desses meios é, como afirmou a ONU, um direito básico dos cidadãos.     É notória, portanto, a relevância de fatores sociais e históricos na problemática supracitada. Nesse viés, cabe às escolas, em consonância com a mídia, orientar a população quanto ao uso consciente da internet. A ideia da medida é, a partir de palestras e debates nas salas de aula, além de propagandas educativas em rádios e televisões, minimizar os casos de preconceitos no meio virtual. Paralelamente, o Governo, por intermédio dos órgãos responsáveis, deve criar centros especializados para julgar crimes cibernéticos, buscando coibir esse comportamento intolerante no meio digital. Por fim, o Ministério da Ciência e Tecnologia deve garantir o acesso à internet pelos brasileiros. Esse projeto deve contar com a disponibilização das novas tecnologias em regiões onde o uso desses meios é escasso com o intuito de democratizar o acesso à informação no país.