Materiais:
Enviada em: 31/10/2018

No período renascentista, entendia-se a arte como um modo de expressividade, apreciação e educação. Hoje, com a obrigatoriedade das artes visuais, dança, música e teatro na estrutura curricular básica, por meio da Lei 13278/16, observa-se a contribuição para firmar esses aspectos na vida dos jovens brasileiros. Assim, vale a análise dessa questão na conjuntura da discriminação e do desenvolvimento intelectual da juventude, com a finalidade de buscar melhores perspectivas para o bem comum.         Sob esse viés, é indubitável que o estudo das artes auxiliam consideravelmente no combate a discriminação, cuja mazela é fundamentada, principalmente, no desconhecimento da cultura do outro. Ou seja, assim como foi na visão de inferioridade e eurocêntrica dos primeiros portugueses  que entraram em contato com os indígenas do Brasil, no século XVI. Nesse sentido, infere-se que o ensino das artes têm o papel de trazes uma percepção intercultural aos jovens, o que não apenas quebra preconceitos pelo o que não se conhece, mas oferece o entendimento de mundo renascentista que é preponderante para o progresso da sociedade.         Somando a isso, a educação artística também colabora na evolução cognitiva das crianças e dos adolescentes, uma vez que o Lobo Frontal, responsável por tomar decisões e conter atitudes impulsivas, está em pleno desenvolvimento nesses indivíduos. Isto é, o estímulo cerebral "multiartístico" pela dança, teatro, arte visual e música, como é prevista constitucionalmente, acaba por formar cidadãos mais inteligentes e responsáveis. Dessa maneira, além da contribuição para o fim da discriminação, a obrigatoriedade das disciplinas artísticas nas escolas ajuda na formação comportamental e psicológica dos futuros cidadãos ativos da coletividade tupiniquim.         Portanto, não poderia estar mais certo Aristóteles ao afirmar que a educação é imprescindível na formação do homem para viver em sociedade. Logo, cabe ao Ministério da Cultura, em parceria com  as ONGs, criar uma comissão, composta por profissionais das áreas da educação e da arte, com objetivo de pesquisar e promover o ensino, por intermédio do capital estatal, da arte nas instituições de ensino, primordialmente das zonas periféricas e rurais do país. Ademais, o Ministério da Educação, junto aos governantes municipais, deve fiscalizar as escolas que não estiverem cumprindo com a obrigatoriedade da educação artística e, por outro lado, propiciar verbas para firmar as disciplinas nas escolas. Realizadas essas medidas, melhores perspectivas surgirão para o bem comum da sociedade.