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Enviada em: 22/09/2017

Os primeiros registros artísticos datam desde o início da história humana, com marcações de mãos e pinturas em paredes de cavernas, e esses se mantém presentes até a contemporaneidade. A discussão acerca da necessidade das artes visuais, dança, música e teatro veio à tona com a obrigatoriedade dessas na educação brasileira. Vale destacar, diante do debate, que o ponto chave é compreender a importância da medida, visto os efeitos da arte na sociedade e no indivíduo.       A priori, é fundamental pontuar que as artes estimulam a inteligência, a criatividade e promovem o trabalho em equipe, entretanto, é servindo como ferramenta de expressão de grupos que tem verdadeira importância nos tempos modernos. Nesse contexto, é em meio à um momento de modernidade líquida, em que emerge a efemeridade das relações, que o sentimento de pertencimento, a partir de formação de uma identidade cultural, tem grande importância para o indivíduo. Vê-se, com isso, a necessidade conscientizar jovens sobre seu contexto artístico, transformando-os em cidadãos capazes de compreender seu papel na sociedade, não como uno, mas em um conjunto.       Outra questão relevante nessa discussão, é a ideia de arte como ator histórico. Em vista disso, ela ajuda a entender o passado e a maneira como os contemporâneos o interpretavam, importante para saber como reagir no futuro. Além de atuar no passado, e poder modificar o futuro, no presente esta também é fundamental por mostrar os anseios da sociedade e fomentar a mudança a partir desse entendimento, fato que explica o controle da arte em governos ditatoriais, como a DIP no Estado Novo. Como resultado, urge que o ensino das artes não seja seletivo e mostre uma diversidade de manifestações.       Torna-se evidente, portanto, que as artes como disciplinas obrigatórias contribuem em diversos aspectos da sociedade e da formação do ser. Nesse sentido, a princípio, o Ministério da Educação pode mapear a multiculturalidade brasileira e aplicar o ensino personalizado das artes em cada comunidade, a fim de promover a identidade cultural. Além disso, é imprescindível que professores, como agentes sociais, busquem a imparcialidade e compartilhem uma gama de manifestações, para que sua interpretação guie as futuras gerações. Em síntese, materializando tais medidas, espera-se que algo tão antigo e inerente ao ser humano seja extraído ao máximo visando o bem social.