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Enviada em: 13/03/2018

" A educação é a arma mais poderosa que existe ".A frase do líder africano Nelson Mandela parece fazer alusão ao comportamento humano na contemporaneidade,especialmente na atual sociedade do desinteresse,onde a desapropriação cultural parece inferir cada vez mais no modo de agir da população.Essa perspectiva compromete a educação social,sendo refletida,principalmente,na ausente inserção de políticas eficazes acerca do ensino das artes em geral,bem como na falta de vontade do indivíduo ao afinco cultural.      Em primeiro lugar,cumpre destacar que a frase da antropóloga Ruth Benedict, "a cultura funciona como uma espécie de lente que condiciona nossa visão sobre a realidade", vem sendo velada desde os séculos XV e XVI,com o surgimento da globalização,em que a cultura de massa tende à homogeneização,elidindo,cada vez mais,as diversas formas de expressão cultural e artística.Nessa ótica,as artes visuais,a dança,a música e o teatro,por exemplo,acabam não fazendo parte do cotidiano da sociedade,bem como,principalmente,das disciplinas nas escolas e nas universidades.Sob esse viés,ainda há em diversos países,como o Brasil,segundo o Ministério da Cultura,o preceito de que só a música é relacionada à área artística,não considerando as artes visuais,por exemplo,como importantes.     Em segundo lugar,concomitantemente a isso,é notório que não há estímulo dos indivíduos em aprender a arte se o próprio país de origem não a eleva como importante,visto que a ampliação das artes,em geral,na grade curricular,ajuda a preparar novos cidadãos para o futuro,fomentando seu senso crítico,por meio da junção do afetivo e do emocional ao raciocínio e à inteligência.Isso,sobretudo,ajuda a trabalhar as funções psicomotoras do indivíduo,sendo fundamental na sua interação com a sociedade,como para os autistas ou para os que sofrem alguma timidez,desenvolvendo o espírito de coletividade e de união.Ademais,vale salientar que as artes cumprem a função de descriminalização,em que o jovem se entretém em algum esporte,dança ou teatro,por exemplo,vendo as novas perspectivas não antes consideradas longes do mundo do crime.      Logo,é imprescindível que haja uma ação conjunta do Poder Público,por meio da implantação,na matriz curricular,das mais diversas formas de arte como disciplinas obrigatórias,bem como a contratação de profissionais qualificados;da sociedade,através da busca pelo aprendizado,como o incentivo dos pais aos filhos,desde cedo,acerca do interesse pelo bem cultural como educação,somando,por fim,as instituições educativas que,por meio de debates,de palestras,de propagandas e de campanhas publicitárias,nos mais diversos meios midiáticos,possam fomentar o senso crítico do indivíduo acerca da importância da arte na sua formação,firmando a tese de Mandela. “Brasil, país do futuro”, do escritor austríaco Stefan Zweig.