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Enviada em: 16/03/2018

Muito se tem discutido sobre como a arte, em suas diversas manifestações, pode agregar valor à formação educacional de crianças e adolescentes, quando inserida na matriz curricular das instituições de ensino. Importa, neste contexto, reconhecer que esta inserção é um mecanismo fundamental para o desenvolvimento da cidadania e da cultura dos educandos, além de tornar maior o tempo de permanência diária dos alunos nas escolas, em virtude da ampliação do número de disciplinas.       A arte deve ser entendida como um fator de modificação da realidade sociocultural daqueles que com ela interagem: trata-se da transformação simbólica do mundo, na concepção de Ferreira Gullar. Neste sentido, o contato com manifestações artísticas no ambiente escolar facilita a compreensão, pelos estudantes, sobre temas como política, desigualdades, direitos, garantias e obrigações - todos inerentes à condição de cidadão consciente. Assim, é possível que se formem não meros reprodutores de conteúdos, mas pessoas capazes de promover mudanças sociais.       Outro ponto a ser considerado é o fato de que a arte pode influenciar diretamente na redução de indicadores sociais negativos como, por exemplo, o envolvimento de jovens em atividades nocivas. A inclusão da música, do teatro, da dança e das artes plásticas na grade de matérias obrigatórias demandará maior participação dos estudantes nas programações escolares, podendo até mesmo ser exigido o tempo integral. Tudo isso faz com que não haja espaço para que os alunos pratiquem ilícitos.       Considerando, finalmente, que a educação artística é de suma importância para a formação do estudante-cidadão, cabe ao Ministério da Educação garantir que estes ensinamentos sejam contemplados nas estruturas curriculares das instituições de ensino, por meio da capacitação dos corpos docentes respectivos, para que cultura e conhecimento façam parte da rotina dos alunos.