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Enviada em: 17/03/2018

Desde a Pré-História, povos do Período Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais já desenvolviam as suas formas de arte, seja através de pinturas rupestres, cerâmicas ou ferramentas. Assim, é evidente que a exaltação das diversas formas artísticas é inerente à vida humana. Entretanto, no Brasil contemporâneo, a valorização das artes visuais, dança, música e teatro como disciplinas obrigatórias é diminuta, em função da negligência governamental e do menosprezar do trabalho de profissionais da área.            Indubitavelmente, diversos benefícios humanos, sociais e cognitivos são verificados em razão do desenvolvimento da prática obrigatória e eficaz das artes em escolas. Todavia, o governo federal ignora esse fato, colaborando para a sua desvalorização. De certo, os atos de dançar, cantar, atuar e pintar contribuem para o melhoramento de capacidades, como o raciocínio e a inteligência, além de estimularem sentimentos, como a empatia, a compaixão, o amor e a alteridade. Segundo o literato inglês Aldous Huxlay, "os fatos não deixam de existir só por serem ignorados", ou seja, mesmo havendo negligências governamentais sobre o estudo obrigativo e eficiente das artes, como a falta de incentivos e investimentos, é evidente relevância dessa área do conhecimento na vida humana.             Ademais, a desvalorização de professores e especialistas em artes propicia a depreciação do teatro, da música, da dança e das artes visuais como disciplinas obrigatórias. Por exemplo, o oferecimento, por parte do Estado, de baixos salários, materiais e estruturas insuficientes para o trabalho em escolas desestimula os educadores psicologicamente, os quais apresentarão aulas fracas e desmotivantes, contribuindo para a ocorrência de rejeições por parte dos alunos e a sua posterior formação ineficiente de suas capacidades e sentimentos. De acordo com o filósofo prussiano Immanuel Kant, "o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele", isto é, existindo uma preparação metodológica improdutiva no estudo obrigatório das artes, os futuros benefícios são inexistentes.               Dado  o exposto, portanto, faz-se necessário que o Poder Legislativo e o Ministério da Educação ampliem o número de investimentos, promovam incentivos ao estudo das artes, acresçam porcentagens salariais em pagamentos de especialistas da área e melhorem os materiais e estruturas para as aulas. Isso pode ocorrer através de políticas públicas e PECS, que promovam palestras, debates e documentários enaltecendo a importância humana, social e cognitiva das artes visuais, teatro, música e dança como disciplinas obrigatórias; invista em materiais didáticos, produtos multimídia, objetos acústicos, instrumentos musicais, palcos e telas cinematográficas, além de salas para estudos teóricos e aulas práticas, a fim de incentivar o estudo das artes em escolas.