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Enviada em: 14/07/2018

O Brasil apresenta quase um quinto dos recursos hídricos do mundo bem como a maior bacia hidrográfica em volume e extensão, a qual é a Bacia Amazonas. Nesse cenário, a principal fonte de eletricidade advém das hidrelétricas, evidenciando-se como extremamente importante medidas que preservem as fontes hídricas do país. No entanto, observa-se a ausência de iniciativas as quais promovam a sustentabilidade da água, o que acarreta crise devido, sobretudo, a má gestão da política pública e à falta de educação da sociedade, comprometendo diretamente a geração de energia.     Primeiramente, quando Raymundo Faoro enuncia que o Estado Brasileiro herdou de Portugal um Governo patrimonialista e estamental, ilustra-se a influência da cultura negligente acerca da gestão dos recursos hídricos na crise contemporânea. Nesse sentido, as ações públicas vão contra a gerência sustentável da água ao reduzir, em 2012, a Área de Proteção Permanente de margens de rios, o que aumentou o assoriamento neles e, por conseguinte, a diminuição de águas nas represas. Ademais, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Anel), a maioria das hidrelétricas não apresenta reservatórios, determinantes para períodos de estiagem, demonstrando a falta de investimento na principal matriz energética brasileira. Dessa forma, a ineficiência dos atos públicos ocasiona escassez hídrica e de fornecimento de energia elétrica para população.       Além disso, conforme Stuart Mill, o ser humano age de acordo com a ética utilitarista, ou seja, ele se relaciona objetivando a uma vantagem individual em detrimento da coletiva, o que evidencia consequências negativas para a qualidade hídrica no Brasil, implicando dificuldades na concretização do modo sustentável. Nessa perspectiva, ao intensificar o uso de agrotóxicos na agricultura, o desperdício de água, a contaminação de mananciais, lençóis freáticos, aquíferos e rios por lixos e esgotos e o desmatamento o cidadão compromete a reposição da água e, consequentemente, a fonte de energia do país. Dessa maneira, há necessidade de instrução ambiental para os indivíduos.    Fica claro, então, o mau prognóstico de manutenção dos recursos hídricos e das hidrelétricas no Brasil. No propósito de minimizar tal problemática, o Ministério de Minas e Energia deve promover reforma na gestão da geração e fornecimento de energia no país por meio da fiscalização integrada do rio com a hidrelétrica além do investimento em fontes alternativas como a eólica, porque, assim , o Governo terá noção dos males que envolvem a hidrelétrica bem como a diminuição de sobrecarga nela. As escolas, ainda, podem orientar os alunos da essencialidade de preservar a água, mesmo que abundante no país, por meio da promoção de debates com ambientalistas e de feiras de ciência, pois haverá conscientização nos alunos. Outrossim, a tendência é assegurar água para gerações futuras.