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Enviada em: 09/07/2018

Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa os efeitos da má gestão hídrica no setor energético, hodiernamente, no Brasil, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática, e a problemática persiste intrisecamente ligada à realidade do país. Nessa perspectiva, esse panorama constitui a exigência de uma ação mais arrojada do Poder Público para tratar a questão.         Nesse sentido, destaca-se a estiagem no país, que tem afetado não só o abastecimento de água e causa a crise hídrica, como impulsionador do problema. Isso acontece principalmente em virtude de mais de que 80% da eletricidade gerada no Brasil é proveniente de hidrelétricas e os reservatórios que abastecem tais usinas estão com níveis irrisórios por conta da seca, gerando grande impacto na produção energética brasileira. Esses fatores atuam em fluxo contínuo e favorecem na formação de um problema social com dimensões cada vez maiores.        Ademais, é indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no país, a falta de investimento em processos de energia renovável e que independe de condições climáticas cíclicas, como épocas de chuva, rompe essa harmonia; haja vista que o Brasil é um dos países com maior potencial eólico do mundo, segundo dados do portal de notícias G1.         É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de um mundo melhor. Destarte, necessita-se, urgentemente, que o Tribunal de Contas da União direcione capital que, por intermédio de parcerias público-privadas com empresas de aerogeradores, será revertido em apliação do uso de energia eólica, com intuito de fornecer base para construção de um mundo mais sustentável e que a energia elétrica seja independente de recursos finitos. Outras medidas devem ser tomadas, mas, como disse Oscar Wilde, o primeiro passo é o mais importante na evolução do homem ou nação.