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Enviada em: 16/07/2018

É de conhecimento geral que os recursos hídricos são essenciais para a sobrevivência humana. Todavia, na última meia década, o Brasil vem enfrentando obstáculos referentes as suas reservas de água, realidade que ecoa nos meios socioeconômicos e ambientais, haja vista sua grande dependência em tal recurso para a geração de eletricidade. Dessa maneira, pode-se afirmar que a situação contemporânea nacional está associada não só aos impactos de uma crise energética, mas também ao péssimo uso feito pela população em relação à água.    Historicamente, o Brasil optou por investir em uma fonte energética alternativa aos combustíveis fósseis, mas que depende imensamente do clima e da maneira em que a água é usufruída pelos cidadãos: as hidrelétricas. Assim, o motivo de tal escolha estava relacionado a uma característica marcante do território: a enorme quantidade de recursos hídricos, sendo os rios os principais. Dessarte, torna-se racional pensar que boa quantia de eletricidade vem sendo, desde então, obtida através das hidráulicas, fator que se tornou um problema nos últimos anos devido a uma notória crise de sua matriz energética. Porém, nos dias atuais, a energia elétrica constitui uma matéria-prima imprescindível para atividade global, sendo necessária em basicamente todos os âmbitos humanos, situação que não é diferente no Brasil. Desse modo, a eclosão de uma crise hídrica ocasionou uma queda na eficiência das usinas hidrelétricas, a qual se reflete, por exemplo: no aumento das contas, na elevação dos preços dos produtos, além do aumento da poluição, tendo em vista a necessidade de se utilizar mais as termelétricas.    Outrossim, torna-se necessário destacar que a crise hídrica brasileira, a qual ecoa na geração de energia nacional, está bastante associada ao consumo absurdo de água pela sociedade, ao aumento da poluição dos mananciais, às mudanças climáticas, efeito do aquecimento global, entre outras. Por conseguinte, essa realidade tornou-se notável após informações serem divulgadas pela ONU, as quais constatam que o consumo de água cresceu, nos últimos anos, duas vezes mais do que a população. Assim, percebe-se que são fatores nos quais órgãos vem há anos se preocupando, porém ainda sofrem descaso, valendo destacar que, segundo o filósofo Sêneca, a natureza é insuficiente para a ganância.    Sendo assim, a linha tênue que une a crise energética brasileira à crise hídrica relaciona-se diretamente a uma escolha histórica feita pelo país. Logo, uma das formas dessa realidade ser revertida é por meio da fomentação, proporcionada pelo Ministério do Meio Ambiente em conjunto com empresas nacionais, de uma projeto que já vem ganhando vida: a ampliação de fontes energéticas alternativas e limpas. Dessa maneira, a colaboração e possíveis acordos com empresas possibilitará um investimento econômico menor e, por conseguinte, mais viável para os cidadãos, tendo como fim, uma menor dependência hídrica.