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Enviada em: 10/07/2018

Na obra literária “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, é perceptível o contínuo anseio pela sobrevivência humana, a fim de obter um direito universal inquestionável: a água. A escassez desse bem hídrico tornou-se um problema atemporal e aflige a sociedade contemporânea à medida que sua demanda e consumo aumentam. Assim, torna-se imprescindível alterar esse uso desregulado e combater a desigualdade na obtenção de tal recurso.  Em primeira análise, segundo dados da revista Época, em 2013, quase 100% de toda a energia elétrica produzida no país teve sua origem nas hidrelétricas. Esse dado reflete a dependência do Brasil para com o regime de chuvas que por motivos antrópicos, como perda da cobertura vegetal em todo o país, enfrenta uma grave crise causando uma significativa queda nos níveis dos reservatórios hídricos usados para a geração de energia.   Além disso, um dos piores efeitos, está na formação de longas estiagens que castigam os principais reservatórios de água do país, como é o caso do Sistema Cantareira, que ficou com cerca de 5% de seu volume hídrico. Apesar disso, o posicionamento passivo dos governantes na construção de medidas concretas nas áreas de investimentos voltados à criação de novas fontes de energia e na ampliação de matérias extraescolares sobre sustentabilidade, acaba proporcionando sucessivos déficits energéticos, conforme aconteceu na região metropolitana de São Paulo.  Portanto, cabe ao governo melhorar o modelo energético do país, direcionando os investimentos em fontes renováveis de energia, como, por exemplo, a solar, instalando placas em locais que seriam inutilizáveis para outras funções, como em teto de arenas esportivas e construções públicas.  Enfim, com a ajuda da mídia e das escolas, a sociedade têm de ser conscientizada através de campanhas e aulas a favor do reflorestamento, incentivando o uso sustentável do planeta.