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Enviada em: 16/07/2018

Indubitavelmente, o desenvolvimento de um país está intrinsecamente ligado à sua disponibilidade de energia. Desse modo, percebe-se a necessidade da existência de uma matriz energética bem desenvolvida e preparada para suprir as necessidades da nação. Entretanto, no cenário brasileiro, a produção elétrica é concentrada em usinas hidrelétricas, fato que traz preocupações como a possível indisponibilidade de energia devido à crise hídrica.   É importante pontuar que, desde 2015, o Brasil vem enfrentando constantes estiagens. Essa é uma realidade preocupante, levando em conta que, segundo dados do Governo Federal, 70% da eletricidade do país é produzida em usinas hidrelétricas. Assim, é notório que a nação brasileira convive com o medo de ocorrerem novos apagões no país -como o de 2001-, o que acarretaria enormes perdas econômicas  para a população e para o Governo devido à perda de produtos refrigerados e ao fechamento do comércio durante a falta de energia.  Nesse viés, vale ressaltar que, já em 2018, ocorreu um apagão que atingiu todas as regiões do país, mas teve maior impacto no Norte e no Nordeste. Tal fato, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico(ONS), ocorreu pela sobrecarga de algumas linhas de transmissão do Sistema Interligado Nacional. Dessa maneira, é perceptível que uma matriz energética baseada em hidrelétricas, em um país que passa por constantes crises hídricas, não é suficiente para suprir a demanda de uma população de mais de 207 milhões, o que reforça a necessidade de investimentos em novas fontes de energia.  É evidente, portanto, que há entraves na produção elétrica do Brasil devido à crise hídrica. Dessa maneira, é necessário que o Governo, em conjunto com a Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica (ABCE), por meio de estudos e pesquisas, ampliem e invistam em outras fontes de energia -como a eólica e a solar- a fim de diversificar a matriz energética do Brasil e evitar sobrecargas nas linhas de transmissão. Enquanto tal diversificação é feita, outra medida possível seria o Governo promover incentivos fiscais para as indústrias que funcionassem nos horários contrários aos horários de pico de energia, que é entre 18 e 21 horas, evitando assim a sobrecarga do Sistema Elétrico Nacional. Caso tais medidas sejam tomadas, a crise hídrica afetara cada vez menos a geração de energia no Brasil.