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Enviada em: 16/07/2018

O Brasil possui uma intensa produção de energia gerada através de fontes renováveis. De acordo com a revista "Época", em 2013, o país contou com 70% de toda sua eletricidade advinda das hidrelétricas. Todavia, as fontes de energia renovável aplicadas no território nacional não são baratas e causam grandes impactos ambientais.       Para a construção de hidrelétricas, muitas vezes são necessários procedimentos de desvios de rios e inundações de áreas habitadas. Ademais, a crise hídrica testemunhada por milhões de brasileiros é fruto não apenas da realocação de moradores que eram abastecidos com a água dos rios desviados, como também a escassez de chuvas em áreas como o centro-oeste e o nordeste do país. A realidade da seca destacada na obra de Graciliano Ramos através da família de retirantes no sertão em "Vidas Secas" impacta a sociedade e também a produção de energia.       Congruente a isso, como a taxa de produção energética dependente de água beira os 70% no Brasil, os custos de manutenção e de serviço das hidrelétricas são muito elevados. Tais dispêndios acabam gerando um alto custeio por parte da população, através do aumento das contas de energia, e aprisionando o Estado a um tipo de fonte energética por não possuir tanto recurso financeiro para investimento em novas formas alternativas de energia renovável mais barata.       Dessa forma, assim como George B. Shaw disse, o progresso é impossível sem mudança, logo, novas alternativas devem entrar na agenda pública para solucionar o impasse. O Ministério de Minas e Energia deverá realizar, em escopo estadual e nacional, avaliações do território do país para a implementação de novas fontes de energia renovável que independam da água, abrindo novas opções para o Brasil. Os governos estaduais devem ministrar palestras em escolas voltadas ao uso consciente da água, para que assim o uso indevido de um bem tão importante para o país diminua de imediato.