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Enviada em: 11/07/2018

Um dos grandes desafios da atualidade é encontrar fontes de energias sustentáveis e capazes de atender à demanda cada vez maior de energia, gerando até guerras mundiais e regionais pelo controle das diversas matrizes. No Brasil, a opção pela sua produção através de fonte hídrica deu-se pelo aproveitamento do potencial dos rios, muito abundantes no país, mas, com a alteração do clima e a queda dos níveis de água disponíveis nos rios, colocou em xeque a viabilidade deste sistema.     O ponto essencial a destacar é que este tipo de matriz energética não é tão sustentável como se imaginava inicialmente. O fato de não produzir poluentes e utilizar quedas de água para produção de energia não significa que o sistema não provoca impactos ambientais. Para produção de energia, na maioria dos sistemas atuais, são utilizados os represamentos de água, provocando desequilíbrio ecológico, com deslocamento de animais, plantas e com efeitos desastrosos na piracema. Mesmo as hidrelétricas mais modernas, as chamadas "Fio d' água"- não possuem reservatório, têm retorno do elevado investimento prejudicado em função da constante queda de produtividade provocada por menor vazão dos rios.     Ademais, um grave questionamento a ser feito é quanto à utilização da água doce. Segundo as Leis das Águas no Brasil (1997) em caso de escassez, o uso prioritário é para consumo humano e, em seguida, para saciar os animais. Não tem sido raros os longos períodos de estiagem nas diversas regiões do país, o que leva a crer que o sistema perdeu a sua eficácia e a sustentabilidade das hidrelétricas para as próximas décadas.   Diante deste cenário, fica clara a necessidade de novas fontes como alternativa à matriz energética atual. O Brasil possui clima muito favorável à utilização de energia eólica e solar e, para tanto, precisa de investimento em pesquisa de equipamentos mais eficientes e baratos, através de parcerias público-privadas, além de financiamentos públicos para implantação deste novo modelo energético residencial e comercial, afinal não há como se pensar em desenvolvimento sem energia sustentável.