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Enviada em: 11/07/2018

O crescimento populacional e o desenvolvimento do país, através da industrialização e da expansão da agricultura, somados às mudanças climáticas conduziram para a degradação dos recursos hídricos, pois o suprimento de água doce não acompanha o ritmo da demanda. Todavia, o impacto dessa deterioração só atinge a geração de energia no Brasil de forma tão preocupante devido à maneira como a água e a eletricidade são utilizadas e à configuração da matriz energética.       Sobretudo pelo fato do Brasil possuir uma das maiores reservas de água doce do mundo, acabou por optar pela construção de usinas hidrelétricas, devido a isso tornou-se dependente dessa matriz, cerca de 70% de toda eletricidade gerada no país vem dessa fonte. Por conseguinte, quando não chove, não tem água para o consumo nem para a geração de energia. Como consequência, as termelétricas são ativadas, apesar de serem mais poluentes, já que seus gases de efeito estufa aumentam o aquecimento global.       No entanto, é preciso também uma participação consciente dos usuários do recurso hídrico e energético. Embora a Organização das Nações Unidas (ONU) indique a utilização de 110 litros diários por indivíduo, no Brasil, utiliza-se em média per capita 166,3 litros por dia. A agricultura nacional ainda usa técnicas tradicionais de inundação e pulverização para irrigação das plantações. A falta de racionalidade continua no consumo de energia, os shopping centers, por exemplo, instalam geradores elétricos a fim de contornarem o racionamento.       Para diminuir, portanto, os impactos da crise hídrica na geração de energia, urge um esforço do setor industrial para a redução do uso de água e eletricidade, por meio da instalação de cisterna para utilização da chuva e placas fotovoltaicas para captação de luz solar. Assim, sobrecarregará menos na produção estatal e reduzirá custos das tarifas. Ademais, é imprescindível o investimento na força eólica, com o objetivo de diversificação da matriz energética.