Materiais:
Enviada em: 12/07/2018

Tales de Mileto afirmava que era a partir da água que se formavam todas as coisas. Hodiernamente, embora a filosofia tenha superados esse pensamento, devemos considerar que ela tem papel crucial para manutenção da vida, e, no Brasil, na geração de energia. Nesse panorama, a atual crise hídrica brasileira tem causado impactos negativos na produção de eletricidade, visto que, o país é, quase exclusivamente, depende de hidrelétricas. Além disso, o fato de, os monopólios das distribuidoras sobretaxarem o valor dos quilowatts, agrava ainda mais a situação.      No governo ditatorial os militares escolheram as obras faraônicas para mostrar ao mundo o progresso do Brasil. Nessa fase, deu-se inicio a quase exclusividade da futura dependência do país às hidrelétricas, uma vez que muitas usinas foram – e ainda são – construídas. Isto é, segundo pesquisas, 70% de toda eletricidade procedem delas, o que nos coloca em situação de crise quando há falta de chuvas. Nessa perspectiva, é possível dizer que essa opção não é inteligente, economicamente, pois vai de encontro às leis de mercado.     Nesse prisma, Adam Smith afirmava que as leis de oferta e procura se estabelecem automaticamente. Por isso, portanto, que o país não pode depender exclusivamente da energia das hidrelétricas, pois se faltar água o valor da eletricidade subirá – o que está ocorrendo com frequência nos últimos meses no país. Ademais, o fato de a distribuição da energia ser capital privado e monopolizado por estados, faz com que haja sobretaxa da fatura elétrica (visto que há falta de água e não há concorrência) aumentando, conseqüentemente, ainda mais o valor dos quilowatts.      A crise hídrica impacta diretamente a geração de energia, portanto, para que não haja sobretaxa abusiva do preço da energia elétrica no país, é imprescindível a intervenção do governo. Isto é, além da necessidade do Estado investir em outras fontes de energia, é preciso que o ELE subsidie a energia elétrica – dado que a produção dela é estatal, é inconcebível que o brasileiro pague absurdamente para usufruí-la. Aliás, bem como a água, a eletricidade também é direito de todo cidadão.