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Enviada em: 11/07/2018

No mundo pós revolução técnico-científico-informacional, a utilização de energia elétrica é imprescindível em todo o planeta, contudo, sua geração ainda enfrenta dificuldades. Nesse prisma, a crise hídrica no Brasil é um dos fatores que afeta diretamente a produção desse recurso. Assim, turbulências nesse setor geram transtornos e podem ocasionar, dentre outro fatores, aumento no preço da conta de luz e causar "apagões" em diversos lugares.   Em primeira análise, sabe-se que o Brasil é quase totalmente dependente de hidrelétricas para a produção de energia, o que o torna mais suscetível às variações climáticas. Nesse prisma, quando o índice pluviométrico é reduzido, o país, que utiliza do sistema de bandeiras -- onde o preço varia proporcionalmente à taxa de água nos reservatórios --, repassa os custos à população e aumenta a conta de luz. Esse fator agride, principalmente, as famílias carentes, que, por falta de alternativas para a geração energética, precisam pagar mais caro e, em muitos casos, retirar dinheiro que seria destinado à alimentação para quitar a conta do despreparo da nação.   Outro fator agravante é a falta de energia em determinados lugares por um curto espaço de tempo -- chamado popularmente de "apagão"--, que prejudica diretamente os cidadãos, e pode atrapalhar no desenvolvimento industrial. Essa situação é recorrente, principalmente, em cidades mais distantes dos grandes centros econômicos, o que demonstra uma priorização de determinas regiões em detrimento de outras. Nesse sentido, picos de luz que ocorreram no nordeste em 2017 demonstram o descaso do Poder Público com alguns lugares e as falhas no sistema de geração de energia do país.     Evidencia-se, portanto, a necessidade de repensar-se a geração de energia no país e sua oferta para a população. Nesse sentido, o Governo Federal deve, por meio de recursos do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), construir diferentes modais de geração elétrica, como biodigestores -- tecnologia que utiliza de matéria orgânica para a geração de energia --, a fim de minimizar os impactos de eventuais crises hídricas no país e suas consequências, como aumento na conta de luz e os "apagões".