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Enviada em: 14/07/2018

Segundo Paul Watson, cofundador da Organização Greenpeace, a inteligência é a capacidade de as espécies viverem em harmonia. Entretanto, a intervenção ambiental pela espécie humana tem mostrado a sua incapacidade no gerenciamento sustentável dos recursos naturais, em especial das reservas aquáticas. No Brasil, tal descuido acarreta um grave problema social, dada tamanha dependência hidrelétrica para o fornecimento energético.     É incontrovertível que o hodierno manejo agropecuário resida entre as raízes de tal transtorno. Conforme dados governamentais, o emprego exponencial da água na irrigação - majoritariamente por aspersão - compõe o maior sítio consumidor nacional desse recurso. Assim, considerando o domínio agrícola canarinho sob posse de uma minoria elitista, revela-se a sobrepujança do ideário capitalista em detrimento do meio ambiente e da coletividade.    Ademais, a falta de planejamento urbano viabiliza falhas no abastecimento energético ao alterar os ciclos pluviais, dos quais dependem as hidrelétricas nacionais. A esse respeito, a Folha de São Paulo já publicava, em 1974, a crise hídrica contemporânea ao pico industrializante fomentador da aglomeração urbana desordenada no sudeste brasileiro. Logo, a persistência cotidiana desse contexto reflete a ineficácia histórica, bem como a débil consciência ambiental que permeia a gestão pública.       Infere-se, portanto, que fatores aristocráticos e históricos potencializam a crise hídrica no país. Desse modo, é imperioso que o Ministério da Agricultura estimule a substituição dos métodos de aspersão pelos de gotejamento, por meio de leis e incentivos cabíveis, a fim de conter a maior fonte de desperdício da água nacional. Outrossim, cabe ao Ministério de Ciência e Tecnologia investir em processos que visem a baratear a geração de outras formas de energia nos grandes centros urbanos, a exemplo da energia solar, por meio do fomento à pesquisa científica, a fim de aumentar o acesso coletivo a tais estratégias.