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Enviada em: 13/07/2018

Água: ainda a energia nacional   A água, enquanto recurso finito e escasso, está sujeito à intempéries naturais para a sua utilização enquanto fonte de energia. Neste sentido, o Brasil enfrenta uma grave crise hídrica, o que afeta diretamente o abastecimento energético nacional. Deste modo, o uso majoritário de hidroenergia é impactado por causas estruturais e sociais.   Ao analisar a matriz energética brasileira, nota-se a gigantesca interdependência de recursos hídricos para a geração de eletricidade, cerca de 90%, segundo o Ministério de Minas e Energia. Por consequência, a falta de água compromete diretamente o abastecimento elétrica gerando apagões como em 2002 e o encarecimento da tarifa energética, uma vez que para suprir esta falta, torna-se necessário o ligamento de usinas termoelétricas, mais caras e poluidoras, comprometendo também o meio ambiente.   Ademais, além de gerar energia hidráulica, a água tem como função primordial o consumo humano e a utilização agroindustrial. Assim, o país enfrenta problemas endêmicos de desperdício, subutilização de água de reuso e a contaminação antrópica de fontes e mananciais. Somado à isso, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), a cada 100 litros capitados, 72 deles são mal aproveitados pela indústria agropecuária, o que impacta diretamente ainda mais a crise energética brasileira, umas vez que estes recursos são compartilhados entre estes setores e quando há desperdício é exigido uma maior retirada de água destas fontes.   Nesta perspectiva, portanto, a fim de manejar os problemas de abastecimento estrutural e socialmente, cabe ao Governo Federal, através dos Ministérios de Minas e Energia e do Planejamento e Desenvolvimento, fomentar, por meio de subsídios e abatimentos fiscais, a ampliação e diversificação da matriz energética brasileira utilizando, por exemplo, a energia solar e a eólica, aproveitando os recursos renováveis naturais e abundantes encontrados no país. Em consonância, parcerias entre ONGS, os Ministérios da Educação e o de Agricultura, devem elaborar campanhas que atinjam tanto a população comum quanto a indústria, visando instruir e alertar sobre as consequências do desperdício de água, maneiras de evitá-lo e como isso colabora para a amenização da crise hídrica e seus impactos na geração de energia.