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Enviada em: 12/07/2018

"O mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles". Essa afirmação da filósofa francesa Simone de Beauvoir pode ser facilmente aplicada ao contexto do desafio da gestão dos recursos hídricos no Brasil, já que mais espantoso do que a precariedade das campanhas públicas é a naturalidade como a situação é tratada. Ademais, esse quadro tem origem incontestável na lenta mudança de mentalidade social e o avanço da intervenção humana no meio ambiente.    É inegável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema, pois a irregularidade de investimentos na melhoria da fiscalização do uso dos recursos hídricos é um impasse para amenizar a situação no país. Segundo Thomas Hobbes, o Estado tem poder absoluto e indubitável, porém, nos dias atuais, há questionamentos no que diz respeito à gestão dos recursos hídricos, haja vista que, quando o Governo deixa de fornecer serviços básicos à população o contrato social, proposto pelo filósofo, será rompido. Assim, sem nenhuma solução eficaz e de longo prazo, a crise hídrica tende a agravar no Brasil.   Entrementes, outro aspecto a ser avaliado é a participação da mídia na diminuição do desperdício de recursos hídricos no país, por intermédio de comerciais e programas educativos os quais incentivem o uso consciente da água. Outrossim, José de Alencar  e outros autores do romance indianista, fizeram a a população compreender e entender a necessidade dos recursos hídricos para o funcionamento adequado da sociedade , principalmente as que usam a água como meio econômico. Contudo, o modo consciente de se utilizar os recursos hídricos dos índios não é utilizado no mundo contemporâneo, uma vez que, o lucro das empresas é mais valorizado que a preservação do meio ambiente.  Portanto, com base no exposto e, em concordância com Newton, um corpo permanece em seu estado de movimento até que uma força atue sobre ele. Desse modo, o fornecimento de uma força contra o percurso do desafio da gestão dos recursos hídricos é imprescindível e essencial para combatê-lo. A fim de atenuar o problema é necessário que o Governo Federal, em parceria com a esfera Estadual e Municipal, elabore um plano de implementação de delegacias especializadas na fiscalização dos recursos hídricos, punindo de maneira rigorosa as pessoas que não usam a água de forma consciente, além de exigir o trabalho voluntário como complemento da punição, com o efeito de diminuir os casos de desperdício de recursos hídricos em sociedade. Além disso, é indispensável a associação do Ministério do Meio Ambiente às emissoras de televisão para incentivar o uso sustentável, fornecendo campanhas educativas para as empresas, com o intuito de incluir o uso sustentável dos recursos hídricos sem agravar a economia do país. Logo, seguindo essas ações, o problema será amenizado.