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Enviada em: 13/07/2018

O livro “O Quinze”, de Rachel de Queiroz retrata a seca no Nordeste, em 1915, e as consequências disso na sociedade. Em consonância a isso, explora-se a crise hídrica de 2015, em que o maior prejuízo gerado foi sob um viés energético, tendo em vista a correlação entre água e energia no Brasil. Dessa forma, avalia-se que a falta de energia é fruto da grande dependência de usinas hidrelétricas e da má gestão dos recursos ambientais e financeiros, tanto pelo Estado quanto pela população.       Mormente, observa-se que a maior parte da energia produzida no Brasil é fruto de hidrelétricas, pois durante o Regime Militar, houve intenso investimento nesse setor. Em decorrência disso, o país encontra-se dependente dos regimes pluviométricos e volumes fluviais para a produção desse bem, além de ser causador de grandes impactos ambientais para a construção de tais usinas. Nesse sentido, fica claro que a predominância dessa fonte de energia é um obstáculo para o desenvolvimento energético no país, uma vez que resulta em um sistema totalmente relativo e imprevisível, tendo em vista que não se controla o abastecimento dos reservatórios. Logo, são necessárias medidas que adotem fontes alternativas de energia.        Outrossim, expõe-se que a má gestão dos recursos são agentes intensificadores dessa relação entre água e energia. Dessa maneira, avalia-se que segundo Ildo Sauer, diretor do Instituto de Energia e Ambiente da USP, o Brasil enfrenta esse problema porque o Estado não tem uma administração adequada e eficiente nesse âmbito, já que os governantes tratam a questão de forma estritamente política, com o mínimo de comprometimento ambiental e social, além de falhar na racionalização da população. Diante disso, fica evidente que para solucionar esse desafio é importante que o governo gerencie melhor os recursos da nação e engaje-se na conscientização social, haja vista que não adianta modificar a matriz energética se o corpo social e político ainda apresenta atitudes irracionais.        Destarte, é visível que a preponderância de hidrelétricas e a má gestão governamental são agravantes para a deficiência no setor energético brasileiro e devem, portanto, serem modificados. Precipuamente, é imprescindível que o Ministério de Energia e Ambiente, por meio de recursos federais e apoio de engenheiros especializados, construa mais usinas eólicas e solares no país, tendo em vista que as características geográficas do território favorecem tal ato, para que a dependência de água sejam diminuídas e a população não se torne refém da pluviosidade. Ademais, é indispensável que o Governo Federal junto ao Plenário criem um plano de emergência para situações críticas, o qual deverá contar com fontes secundárias de energia e racionalização do povo, para que não haja prejuízo e desperdício, além de ser estudado e aprovado por profissionais competentes na área.