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Enviada em: 13/07/2018

No livro "Morte e vida severina", é retratado o triste cenário nordestino, baseado na luta de muitos "severinos" pela sobrevivência em meio à escassez hídrica. Apesar da obra ser direcionada à uma região, na atualidade, todo o país enfrenta a falta de água, e tal situação causará impactos consideráveis na geração de energia brasileira. Diante disso, deve-se analisar como a dependência hídrica e a negligência populacional influenciam na problemática em questão.    Convém frisar, inicialmente, que a principal fonte de energia do país é a água. Desde os marcos pioneiros da eletricidade brasileira, no século XIX, as usinas hidrelétricas são essenciais para o funcionamento de toda a tecnologia do país, e a escassez hidráulica causa prejuízos para a população, visto que a sociedade necessita dela. De acordo com pesquisas da Organização das Nações Unidas, até 2050 a falta de água afetará 5 bilhões de pessoas e, possivelmente, a maior parte desses indivíduos afetados serão brasileiros, devido à sua notável dependência hídrica.    Ademais, a negligência brasileira na conservação dos recursos hídricos afeta a geração de energia do país. Isso ocorre porque, segundo Durkheim e o fato social, a despreocupação dos indivíduos pode ser encaixada em sua teoria, visto que, se uma família desperdiça água, as suas crianças tendem a adquirir tal comportamento, devido à vivência em comunidade. Em consequência disso, alguns jovens perpetuarão o descaso com a economia de água, e, assim, a eletricidade do Brasil terá dificuldades porque é, de acordo com a Eletrobras, dependente das fontes hidráulicas.   Portanto, medidas são essenciais para a atenuação da problemática brasileira. O Estado precisa minimizar a dependência territorial da hidreletricidade a partir do investimento em novas fontes de energia,  também renováveis, que supram o país, de modo que a água seja economizada. Além disso, as famílias devem parar de desperdiçar os recursos hídricos para que, através do exemplo, as crianças conservem o meio ambiente. Assim, a sociedade não se tornará mais "severina".