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Enviada em: 14/07/2018

Desde o Regime Militar, com a construção de várias usinas hidrelétricas, sendo a principal delas a Usina Binacional de Itaipu, inaugurada em 1984 e que é, até a contemporaneidade, a líder mundial em produção de energia limpa (segundo dados da empresa que opera a unidade), o Brasil demonstra uma interdependência fortíssima entre os recursos hídricos e a produção de eletricidade. Porém, durante os períodos de crise hídrica no país, essa relação passa a ser um grande desafio, pois com a falta de água, se produz menos energia, o que afeta gravemente a economia brasileira e, também, causa severos impactos ambientais. Logo, é necessário que o sistema de geração elétrico brasileiro seja repensado, para que a nação não seja totalmente dependente da energia hidráulica.                         Primeiramente, é notório salientar que a falta de chuvas afetam diretamente a geração de energia elétrica, o que implica em graves complicações econômicas para o país. A escassez de água nas grandes regiões do país leva a um aumento significativo nos preços das contas de luz residenciais, já que, com o baixo nível hídrico das represas, necessita-se do acionamento das usinas termoelétricas, que possuem um alto custo de manutenção, o que encarece em cerca de 8% na cobrança do consumidor final, segundo dados do Departamento de Economia da USP. Além disso, há o risco da ocorrência de racionamentos energéticos, afetando diretamente a produção industrial, pois essa tem o consumo limitado de energia. Logo, há a necessidade de modificação do modelo energético brasileiro.            Já no âmbito da esfera ambiental, as crises hídricas e energéticas provocam severas consequências para o meio ambiente. Isso acontece pelo acionamento de outros métodos de produção de energia, como as termoelétricas. Estas usinas, por utilizarem combustíveis fósseis para o seu funcionamento, liberam quantidade excessivas de gás carbônico na atmosfera, o que contribui para o agravamento do efeito estufa, intensificando o quadro de aquecimento global, que pode gerar consequências gravíssimas para o planeta no futuro, tais como o aumento do nível dos oceanos e alterações climáticas. Portanto, reafirma-se que esses métodos de geração sejam repensados.                 Visto que a problemática é gravíssima, faz-se necessário que o Governo Federal melhore o modelo energético do país, direcionando os investimentos em fontes renováveis de energia, como, por exemplo, a solar, instalando placas em locais que seriam inutilizáveis para outras funções, como em tetos de arenas esportivas e construções públicas. Além disso, o governo deve incentivar empresas a utilizarem fontes alternativas de energia, bonificando-as com selos e reduções tributárias, tornando esta utilização um diferencial no mercado. A união dessas medidas diminuirá o impacto das crises hídricas no sistema de geração de energia elétrica brasileiro, reduzindo a dependência da força hidráulica.