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Enviada em: 14/07/2018

"Em um mundo onde existe uma riqueza de informação, existe frequentemente uma pobreza de atenção." A máxima do político Ken Mehlman ilustra o contexto hodierno brasileiro, no qual, apesar dos mecanismos de informações existentes, que revelam a importância da diversidade na matriz energética do país, a dependência da hidrelétricas ainda se faz presente, em proporções cada vez maiores. Desse modo, evidenciam-se políticas públicas ineficientes, bem como os impactos econômicos e sociais. Destarte, é imprescindível que o Estado reformule as medidas adotadas, por meio de campanhas, que estabeleçam maiores investimentos e parcerias em outras fontes de energias renováveis.    A priori, a crise hídrica não é sozinha a grande "vilã" dos problemas relacionados a geração de energia. Nessa perspectiva, além das chuvas irregulares que reduz a produção energética nas hidrelétricas, os constantes apagões e interrupções no fornecimento, são resultados da má gestão e planejamento desse segmento, que não aproveita as outras potencialidades da nação, a exemplo da enorme faixa litorânea com capacidade para geração eólica. Em face dessa conjuntura, a sociedade paga uma das maiores cargas tributárias em energia elétrica do mundo, segundo a ABRADEE, encarecendo constantemente a conta de luz e ainda está sujeita a racionamentos.      A posteriori, o impacto no desenvolvimento devido a limitada oferta de energia é ainda um agravante da situação. Haja vista que com as altas cobranças de energia, empresas são obrigadas a reduzir  o horário de funcionamento ou também inibir a instalação de novas multinacionais no Brasil, devido as frequentes crises de abastecimento. Em decorrência disso, postos de trabalho são diminuídos, como também comprometem a abertura de novas vagas de emprego, culminando em possíveis desempregos em massa, contrariando o artigo 3 da Constituição Federal de 1988, por ocasionar problemas no desenvolvimento nacional.      Dado o exposto, fica evidente a iminência em cessar a problemática. Assim sendo, o Estado deve assegurar a melhoria das políticas públicas relacionadas à gestão energética, por intermédio de parceria com empresas privadas, criando acordos para promover uma maior diversificação das fontes de energia, além de estimular maiores investimentos em energia renováveis, com o objetivo de diminuir as crises de abastecimento. Paralelamente, as Universidades que ofertam cursos técnicos, em parceria com o Governo, podem desenvolver ações como palestras e formação que levem qualificação à sociedade, por meio de campanhas governamentais contínuas, mobilizações e auxílio do Ministério do Trabalho, com o fito de capacitar a população e atingir o bem-estar coletivo, cumprindo, assim, a Constituição.