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Enviada em: 15/07/2018

Possuidor de 12% do total da água doce mundial em seu território, o Brasil, pode ser considerado uma potência hídrica e referência mundial em produção energética limpa proveniente de usinas hidrelétricas. Contudo, o atual modelo energético brasileiro apresenta falhas e desafios relacionados principalmente à possibilidade de uma crise dos recursos hídricos. Nesse contexto, deve-se analisar como uma má gestão dos recursos energéticos atua sobre a problemática em questão.       Cabe dizer, inicialmente, que é válido observar que a omissão do governo é um fator que potencializa as percepções da crise hídrica no Brasil. Isso ocorre devido a um planejamento deficitário dos recursos energéticos no país e o frágil investimento em matrizes alternativas e renováveis. De acordo com um dado divulgado pelo IBGE, em 2014, a energia hidráulica ocupa cerca de 82% das formas totais da federação, fato esse que mostra a forte dependência a esse setor. É imprescindível salientar que a crise hídrica é um resultado dos baixos níveis de água nos reservatórios, cenário que é previsível, pois a diminuição acontece aproximadamente de 12 em 12 anos. Ainda assim o Governo tendo pleno conhecimento sobre esse fato não se prepara para se proteger da crise e evitar as catástrofes.       Ademais, a crise hídrica vivida atualmente é, cada vez mais alarmante. O desmatamento e queimadas em grandes biomas, essenciais à vida e biodiversidade, têm elevado a temperatura terrestre, além do uso extremo e "eterno" de derivados petrolíferos, já que estes últimos aumentam a emissão de dióxido de carbono e gás metano, os principais contribuintes para o progresso do aquecimento global.     Portanto, a necessidade de mudança nas matrizes energéticas brasileiras, a fim de diminuir a servidão do país pela água. Para reverter esse quadro, é necessário que o Governo, aliado ao Ministério de Minas e Energia, invista fortemente em novos planejamentos sobre formas alternativas de geração de energia. Tal ação pode ser feita com o redirecionamento de verbas captadas pelos impostos para criação de usinas alternativas e renováveis, como a eólica e solar, além de fomentar nos profissionais a criação de projetos que melhorem a distribuição do uso das hidrelétricas. Isso tudo a fim de diminuir a dependência hídrica e criar um país mais sólido na geração de energia.