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Enviada em: 16/07/2018

É indiscutível que, apesar de o Brasil ter um dos maiores potenciais hídricos do mundo, a utilização quase que exclusiva por parte do governo brasileiro desse recurso representa um problema na matriz energética do país. Isso se relaciona não somente aos problemas de ordem geográfica   atrelados ao tema, mas também a questões conjecturais do Estado.       Primeiramente, há de se destacar que o país é um gigante no tocante aos recursos naturais aqui presentes, sendo detentor dos maiores rios e da maior bacia hidrográfica do mundo. No entanto, grande parte desses afluentes são temporários e não possuem potencial na geração de energia, uma vez que eles secam no período da estiagem, não sendo, pois, utilizados para essa finalidade.  Dessa forma, apesar de o Brasil se orgulhar por sua matriz energética tida como limpa, a dependência das hidrelétricas tem ocasionado sérias dificuldades, como a recente crise no sistema Cantareira, e encarecido a conta de energia.       Outrossim, em vista da falta de investimento em outras fontes de energia renováveis por parte do Estado, como  a eólica, a solar, esse problema se explica e nelas encontram uma possível solução. Entretanto, atualmente, apenas 30% da energia gerada no país é oriunda dessas fontes. Com isso, em decorrência da dependência hídrica e das recentes secas em regiões de importância na geração de energia, muitas foram as vezes que as termelétricas foram utilizadas, o que encarecem bastante o preço repassado ao consumidor e mostra a fragilidade da nossa matriz.       Diante do exposto, portanto, há a necessidade de que o Governo, por meio de projetos que estimulem a geração de outras fontes de energia, financie a criação de parques eólicos por empresas públicas e privadas e dê suporte para que a população possa gerar energia solar, a fim de que diminua o uso dos recursos hídricos. Ademais, as escolas, por meio de palestras e oficinas, devem trabalhar a importância do uso racional da água e a intima relação que ela possui na geração de energia, a fim de que a população se torne mais crítica na utilização desse recurso.