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Enviada em: 15/07/2018

Na obra literária “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, é perceptível o contínuo anseio pela sobrevivência humana, a fim de obter um direito universal inquestionável: a água. A escassez desse bem hídrico tornou-se um problema atemporal e aflige a sociedade contemporânea à medida que sua demanda e consumo aumentam. Assim, torna-se imprescindível alterar esse uso desregulado e combater a desigualdade na obtenção de tal recurso.   Em primeiro plano, vale salientar que o setor energético brasileiro é altamente submisso aos níveis das águas e chuvas, que alternam. Isso ocorre porque o Brasil possui uma grande riqueza em bacias hidrográficas de planalto, propicias para a instalação de usinas hidrelétricas. Esse potencial foi intensamente aproveitado, não é à toa que, a energia hidráulica ocupa cerca de 82% das formas totais da federação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por consequência, o setor energético encontra-se dependente dos recursos hídricos que, atualmente, estão em escassez em muitas regiões do Brasil, acarretando não apenas no racionamento, como também no encarecimento da energia elétrica.    Além disso, outro fator que contribui para que a redução da água nos reservatórios origine impactos na geração de energia é o baixo investimento em fontes energéticas alternativas. Embora o país possua o maior parque eólico da América Latina, iniciativas como esta não representam mais do que dez por cento da energia gerada, mostrando a falta de atenção do governo nesses investimentos e fazendo com que o país sofra em épocas de baixa pluviosidade com o aumento de preços e racionamento elétrico devido à ausência de alternativas energéticas.     Fica claro, portanto que essa problemática vem acompanhado a identidade brasileira e por isso deve ser combatida, para tanto é necessário, reconhecer que muito se foi feito. No entanto, é preciso que o Governos e Municípios ampliem as gerações de recursos energéticos, afim de proporcionar de fato sustentabilidade, e sucessivamente energia, principalmente renováveis as quais terão menos impacto em âmbito ecológico. Conta-se também com o apoio de toda a população na preservação desse bem, reduzindo o consumo de carnes, reutilizando água, cortando desperdícios e dando preferência para orgânicos. Assim, tratando causas e minimizando efeitos é que o ser humano, terra e natureza se pertencerão mutuamente, sendo assim possível forjar um caminho de convivência e educação.