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Enviada em: 16/07/2018

"O importante não é viver, mas viver bem". Segundo Platão, a qualidade de vida tem tamanha importância que ultrapassa o sentido da própria existência. Entretanto, essa ainda não é uma realidade para os cidadãos, que padecem pela elevada crise hídrica brasileira que causa transtornos a geração de energia. Com isso, ao invés de agir para tentar aproximar a prática descrita por Platão da vivenciada por esses indivíduos, um Estado organizador pífio e uma tardia preocupação hídrica acabam contribuindo para a degradante situação atual.    Convém ressaltar, a princípio, que devido à débil equidade nas matrizes enérgicas o país tem grande dependência das chuvas para o funcionamento das hidrelétricas, por isso em períodos de estiagem há ligação de outras fontes produtoras, porém além de caras são poluidoras, como as termoelétricas. Essa conjuntura, de acordo com os ideias do contratualista Jonh Locke, alude ao "contrato social" e suscita sua violação, uma vez que o Estado não cumpre a sua função de garantir que tais indivíduos gozam de direitos assegurados pela constituição, como o pleno arranjo setorial de uso público. Destarte, a frágil organização do setor enérgico agravado pela crise hídrica hodierna distancia, ainda mais, o posicionamento de Platão do vigorado no Brasil.     Além disso, por mais a nação tenha avançado no que tange ao uso consciente dos recursos hídricos, com campanhas educativas para esse fim, a sua eficácia e aplicabilidade são frágeis causando impactos como o desperdício. Diante disso, vê-se que a perpetuação dessas condutas é facilitada pela fraca consciência social, conforme o psicólogo Vygotsky, embora a estrutura familiar, por vezes, ensine o comportamento adequado, a interação com atitudes de desperdício causam a sua internalização leviana. Dessa forma, devido a exemplos danosos, a irracionalidade hídrica, cresce continuamente, o que afasta a realidade descrita por Platão da estabelecida no país.   Evidenciam-se, portanto, significativas dificuldades na minimização da crise hídrica brasileira, que infligi inúmeras pessoas. Por conseguinte, canais de TV aberta e redes sociais, por meio de peças publicitárias, podem divulgar periodicamente dados relativos à realidade caótica vivida no país, para impactar o interlocutor, com o objetivo de incitar a mudança do comportamento desagradável, assim como tornar visível o que nunca pode ser esquecido, que a água é um recurso básico e tem de ser altamente valorizado. Outrossim, é necessário que o Poder Legislativo redistribua a matriz energética, por meio de técnicos especializados, para que a situação hídrica seja menos volátil e tenha menos impacto na geração de energia. Aumentam assim as chances de se alcançar uma cidadania pragmática e legítima em que os indivíduos não apenas viverão, mas viverão bem.