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Enviada em: 16/07/2018

Segundo o filosofo Tales de Mileto, a água é o princípio de todas as coisas, ou seja, a matéria-prima básica responsável pela origem do Universo. A vista disso, é notório a importância da água na manutenção da vida, inclusive na geração de energia. Nesse contexto, a partir do momento  em que o país sofre uma crise hídrica, esta relação passa a ser um desafio, sendo assim, deve-se analisar como a negligência estatal e a administração irresponsável e individualista desse recurso por parte da população influenciam na problemática em questão.      De acordo com o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em “Modernidade Líquida”, algumas entidades - dentre elas o Estado - perderam sua função social, mas conservaram sua forma e se configuraram como “Instituições Zumbis”.  Nesse sentido, a metáfora imposta por Bauman serve para mostrar que alguns órgãos estatais - a exemplo do Ministério de Minas e Energia - são incapazes de desempenhar seu papel e não estimulam a implantação eficiente da energia solar, geotérmica ou eólica.            Outrossim,  o historiador e crítico literário Sergio Buarque, afirma em sua obra " Raízes do Brasil", que os brasileiros estão acostumados a se relacionarem com o Estado de modo paternal, deixando todas as questões sociais, políticas e econômicas nas mãos da entidade. Desse modo, a população acaba não controlando o seu consumo hídrico,  ocasionando o desperdício da água, que dificulta a obtenção e distribuição igualitária da energia hidrelétrica.           Destarte, para que os impactos da crise hídrica na geração de energia sejam consideravelmente reduzidos, cabe ao governo aprimorar o modelo energético do país, direcionando os investimentos em fontes renováveis de energia, como, por exemplo, a solar, instalando placas em locais que seriam inutilizáveis para outras funções, como em teto de arenas esportivas e construções públicas. Ademais  é necessário que o Governo Federal, em parceria com a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, renove o sistema de captura de água, com a compra de novo maquinário, a fim de minimizar o desperdício de água no país.