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Enviada em: 05/09/2018

A água é o recurso natural mais importante do mundo, do qual todas as sociedades humanas necessitam para sobreviver. O Brasil, por sua vez, é o país com a maior reserva mundial de água doce, com cerca de 12% da disponibilidade total do Planeta, segundo a Agência Nacional das Águas. Porém, a distribuição natural desse recurso nas regiões não é equilibrada, o que propicia o estresse hídrico em alguns territórios da nação brasileira. Por conseguinte, essa escassez da água impacta a geração de energia, pois o país usa, sobretudo, a energia hidráulica, e não todas as renováveis.    Com efeito, o compartilhamento dos recursos hídricos no maior país da América Latina é muito desigual: 70% estão no norte, 15% no centro-oeste, 6% no sudeste, 6% no sul e 3% no nordeste, de acordo com a Revista Eco Tour. Desse modo, nota-se que na região sudeste existe pouca capacidade hídrica, haja vista que concentra a maioria da população, bem como o eixo econômico e industrial do país, o que implica no abundante uso de água. Assim, no período de seca, tal como em 2014, na cidade de São Paulo, há queda nos níveis dos reservatórios e a sociedade fica mais vulnerável.     Ora, se ocorre baixa no abastecimento de água, inevitavelmente, o setor de energia sofrerá impactos, visto que, os gestores públicos, nas últimas décadas, investiram demasiadamente num único tipo de fonte de energia renovável, a saber, hidráulica. Aliás, as usinas hidrelétricas respondem por cerca de 70% da energia disponível para o consumo no Brasil, conforme assegura o Portal de Biossistemas da USP. Dessa maneira, o país fica refém do sistema hídrico porque pouco investe na energia eólica e solar.      Portanto, para resolver a crise hídrica e os seus impactos na geração de energia, é preciso que a Agência Nacional das Águas (ANA), junto com o Ministério de Minas e Energia, elabore um material educativo, que oriente a população no consumo adequado da água, o qual pode ser distribuído nas campanhas em espaços públicos, não obstante o plano nacional de reúso da água para fins potáveis e não potáveis e amplo investimento na energia eólica e solar, a fim de aumentar os reservatórios e a produção energética.