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Enviada em: 18/08/2018

Com enormes bacias hidrográficas e grandes concentrações de chuvas, o Brasil construiu um histórico de confortabilidade a respeito da água, ignorando o regime pluviométrico do País. Devido à isso, a atual expectativa social tende a se afastar do consumo consciente, permitindo a vasta exploração do recurso em território nacional sem muito planejamento. Como resultado, se instala uma das maiores crises de água no País impactando na geração, acessibilidade econômica e fornecimento de energia.  O Brasil iniciou seu investimento na produção de energia em 1883 introduzindo a primeira usina hidrelétrica no interior de Minas Gerais, a exploração do recurso colaborou para a obtenção de minérios e foi introduzida nas grandes cidades, auxiliando a iluminação das ruas e a manutenção dos transportes. Devido à ascensão do método de extração energética, se consolidou a ideia de um recurso infinito, tal estereótipo repercute ainda na população moderna, que mesmo diante as crises ignoram fatores que acentuam o consumo imprudente e que impedem o tratamento da água e do ecossistema.  Por intermédio dessa revolução nos meios de produção, e devido ao posicionamento social, as usinas hidrelétricas se tornaram, na contemporaneidade, a principal fonte energética do país. No entanto, gerar energia através do movimento das águas é também arriscado, assim como, enfatiza o professor de planejamento energético Luiz Pinguelli Rosa, que levanta o elevado impacto na biodiversidade como um aviso prévio para a necessidade da substituição dessa matriz, além disso, Luiz Rosa indica também a insuficiência do governo em manter a manutenção de tantas unidades de usinas ao redor do país.  Outrossim, a atual crise econômica posiciona a produção de energia hídrica como agente que afeta diretamente a conta dos cidadãos, o elevado custo de manutenção básica das usinas se ratifica na conta unitária dos brasileiros. De forma que, elevadas taxas tributárias implicam também na acessibilidade para a população de baixa renda, comprometendo direitos como a dignidade humana. Além disso, é frequente os chamados "apagões", período de falha distributiva, que vem afetando muitos municípios e que indicam e direcionam os problemas no planejamento e gestão do sistema hidrelétrico.   Mediante a isso, se torna necessário buscar alternativas para reduzir os impactos na geração de energia, assim sendo, vital reconhecer as falhas de gestão do sistema. Haja vista, o subsídio do Governo Federal, a empresa de pesquisa energética (EPE) em comunhão com o Conselho Nacional de Políticas Energéticas devem promover a exploração de novas matrizes visando a sustentabilidade e o enriquecimento da economia, utilizando energias como a eólica e a solar, favorecidas principalmente pelo clima. Além disso, é preciso propor para o Ministério Minas e Energia a implementação de programas de manutenção preventiva conforme fomenta os ideais do especialista Luiz Pinguelli.