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Enviada em: 16/08/2018

A crise hídrica brasileira tem base em um contexto de mudanças climáticas causadas por ações antrópicas ou naturais. Entretanto, sua grande repercussão no perfil de produção energética brasileira tem feito toda população pagar caras tarifas, como o Brasil é dependente da energia hidráulica, é consequentemente subordinado às chuvas. À vista disso, a matriz energética brasileira deve sofrer mudanças para que se torne menos poluente e mais diversificada.     Sendo assim, é importante destacar que as hidrelétricas e termelétricas são as principais fontes energéticas brasileiras, é sabido que essa ultima possui grande influência na emissão de gases do efeito estufa como o dióxido de carbono. Contudo, pesquisas recentes feitas pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe) indicam que as hidrelétricas emitem metano em grande quantidade, um gás do efeito estufa. Como consequência disso e do fator de alagamento decorrente das represas, a energia hidráulica tem demonstrado alto impacto ambiental.     Contiguamente, o Brasil possui grande potencial fotovoltaico e eólico, visto que é um país tropical e com um extenso litoral. Além disso, há também a fonte de energia proveniente da biomassa, que possui a grande vantagem de poder estar perto dos grandes centros consumidores, evitando a dissipação energética do transporte. Outrossim, a biomassa é considerada uma fonte limpa e renovável de energia, visto que é produzida através da decomposição de rejeitos orgânicos.     Por tudo isso, percebe-se que o Brasil possui recursos naturais para se desvencilhar da dependência hidráulica. Destarte, é dever do Ministério de Minas e Energia facultar a diversificação da matriz energética brasileira, através do investimento em parques eólicos em regiões litorâneas, usinas fotovoltaicas em áreas de alta insolação como o Cerrado e a Caatinga e usinas de compostagem nas grandes cidades. Por meio dessas medidas, é possível diminuir as crises energéticas decorrentes dos períodos de seca.