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Enviada em: 30/10/2018

Desde o início do século XVI, com a chegada oficial da colonização portuguesa no Brasil, cultiva-se a mentalidade de que nossos recursos naturais são infinitos. Historicamente, o Brasil adotou como sua principal fonte de energia a gerada pelas usinas hidrelétricas, como uma forma de aproveitar a grande quantidade de rios. Assim, não foram levados em conta fatores climáticos como a falta de chuvas e impactos ambientais causados pela geração dessa energia, encarecendo cada vez mais seu preço final. Dessa forma, é imprescindível a necessidade de buscar alternativas renováveis e de mínimo impacto ambiental e econômico.       É relevante abordar, primeiramente, a teoria da seleção natural de Charles Darwin, onde o que melhor se adapta ao meio ambiente e suas circunstâncias sobreviverá. No entanto, a ganância humana pelo dinheiro têm levado à destruição da natureza. Além disso, segundo a revista Época, em 2013, 70% de toda a eletricidade gerada no país veio de hidrelétricas, que apesar de ser uma energia mais barata e que polui pouco em termos de gases estufa, pode provocar várias tragédias ambientais e sociais com a construção de barragens. De tal forma que ocorreu em novembro de 2015 o desastre de Mariana, matando 19 pessoas e causando sérios danos ecológicos.       Concomitantemente a isso, cabe citar o viés econômico, bastante afetado pela crise hídrica no país. Conforme o professor de economia da Universidade de São Paulo (USP), Heron do Carmo, em 2015, a energia elétrica nas residências encareceu em torno de 8% devido à falta de chuvas e queda no nível dos reservatórios, assim como, consequentemente, a ativação das termelétricas. Diante disso, é necessário que se analise a longo prazo os efeitos de adotar-se um único sistema de geração de energia, e a disponibilidade e renovação natural do recurso.       Diante dessa problemática, consta-se que a crise hídrica causa vários impactos sociais, econômicos e ambientais. Portanto, para minimizar esse fenômeno, é preciso que se pluralize as fontes de obtenção de energia, não fazendo utilização apenas da água, mas de fontes renováveis e com baixo custo a longo prazo, como os ventos e a luz solar. Para isso, é necessário que a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) realize o investimento na energia eólica e solar, assim como campanhas de conscientização, permitindo que a população se informe acerca dos perigos do uso inconsciente dos recursos naturais. Dessarte, será garantida a integridade econômica e social, e os direitos de utilização de energia de qualidade a um preço justo pelo cidadão.