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Enviada em: 01/11/2018

Conforme o cientista Albert Schweitzer: “vivemos em uma época perigosa, na qual o homem domina a natureza antes de dominar a si mesmo”. Concomitantemente ao pensamento do médico alemão, é observado no Brasil que a sociedade, apesar de ser uma das mais ricas ambientalmente, não consegue desvincular-se de sua dependência hídrica para com outras formas de geração de energia. Dessa maneira, convém analisarmos as principais consequências que tamanha problemática desencadeia no nosso âmbito social contemporâneo.           Em primeiro plano, é primordial ressaltar a diversidade de recursos renováveis que o Brasil dispõe em seu perímetro, haja vista sua extensão territorial adjunta de suas riquezas naturais, que não são utilizadas de maneira eficiente. Prova disso se nota mediante os dados do site Governo Federal, que indicam que 70% da procedência energética do país advêm de empreendimentos hidrelétricos, ao passo em que a segunda maior fonte de energia nacional, correspondente a 28,3%, provém de termelétricas, e que dos 100% percentuais elétricos, apenas 1,7% respondem por fontes eólicas e solares. Nesse sentido, fica evidente a urgência que o governo deve ter em providenciar melhorias que solucionem tais desproporções.            Além disso, segundo Pitágoras: “os homens são miseráveis por que não sabem entender os bens que estão ao seu alcance”. Concorrentemente ao raciocínio do pensador grego de outrora, é notada a ignorância dos brasileiros em relação aos seus próprios recursos, tendo em vista a sua dependência hídrica em detrimento a outras opções de geração de energias - tais como as de fontes eólicas, solares ou de biocombustíveis –, o que corrobora para o escasso mercado energético nacional, bem como a destruição de ecossistemas naturais, uma vez que a criação de hidrelétricas fomentam o desmatamento e a inundação de áreas verdes, por exemplo.           Diante do exposto, é mister buscar soluções que sanem a crise hídrica em consonância a geração de eletricidade no Brasil. Para tanto, o governo federal, via projetos jurídicos, deve ampliar o incentivo de modelos energéticos renováveis, por meio de parcerias publico-privadas, que garantam o desenvolvimento, distribuição e manutenção de matrizes energéticas ambientalmente certificadas a fim de atender as demandas elétricas sociais sem o esgotamento de seus recursos, sejam eles hídricos ou não. Só assim, o homem passará a dominar suas próprias preocupações, bem como a si mesmo, analogamente a analise de Schweitzer.