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Enviada em: 12/03/2019

Partindo do pressuposto que a sociedade funciona de maneira análoga a um organismo vivo, como defendido pelo sociólogo Emile Durkheim, é possível perceber que o surgimento e persistência de determinados problemas, tal como uma doença, pode ter origem na união de diversos fatores interiores e exteriores ao próprio organismo. Nesse contexto, a problemática da crise hídrica brasileira, pode ser entendida como uma doença resultante de ações humanas, como o descaso com preservação da natureza e a má gestão dos recursos hídricos, que vem comprometendo o funcionamento do meio social.                  A gestão dos recursos naturais é essencial para o funcionamento pleno da sociedade, pois ao passo que surgem possíveis adversidades, o planejamento governamental pode garantir o bem-estar social. Entretanto, em virtude do descaso do governo, principalmente por conta de recorrentes medidas paliativas ineficientes dentro do panorama geral preocupante, e do comportamento inconsequente de setores econômicos e da própria população, que desperdiça grandes quantidades de água, a disponibilidade de água potável se torna escarça, de modo a comprometer a prosperidade das próximas gerações.              Dentro da perspectiva da biologia, o meio ambiente é resultado de uma complexa relação entre agentes bióticos e abióticos, de maneira que a alteração de um desses agentes, compromete o funcionamento de todo o sistema. Nesse sentido, períodos de seca em várias regiões do país, tem como uma de suas causas o desmatamento. Logo, em vista da crescente derrubadas das árvores da floresta Amazônica, principalmente por conta do avanço da fronteira agrícola, ocorre a interferência do ciclo da água dos chamados rios voadores, que são extensas massas de ar carregadas de vapor de água, oriundas da evapotranspiração das plantas e com destino a diversas partes do Brasil, como a região sudeste.              Portanto, diante dos aspectos mencionados, é possível inferir que a problemática da crise hídrica, tem direta ligação com o descomprometimento do homem frente a preservação da natureza. Sendo assim, a fim de atenuar o problema, o Governo Federal por intermédio do Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Educação (MEC), deverá desenvolver leis mais rígidas de caráter ambiental, além de criar serviços de fiscalização da integridade das nossas florestas e no sentido monitora o uso da água nas regiões residências e econômicas, de maneira que seja aplicada multas em possíveis infratores. Ademais, promover em escolas e bairros, palestras a respeito da importância da preservação do meio ambiente, por conseguinte conscientizar e desconstruir a anomia social existente.