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Enviada em: 06/10/2017

Entre 2001 e 2002, o Brasil sofreu uma crise energética que ficou conhecida como a "crise do apagão". Ainda assim, uma década e meia depois, a falta de planejamento, a concentração em uma única fonte energética e a escassez de chuvas - enfrentada principalmente na região sudeste - trazem a possibilidade de um novo racionamento. Dessa forma, mesmo com todo o potencial hídrico nacional, o país enfrenta problemas no abastecimento de água e energia.    Segundo climatologistas, a Floresta Amazônica é a principal influenciadora do regime de chuvas em todo o Brasil (processo chamado de bomba biótica). Como resultado de seu desmatamento, a mudança na dinâmica das chuvas faz o uso de hidrelétricas arriscado e insuficiente para suprir a demanda. De mesmo modo, a falta de diversidade nas matrizes energéticas se mostra um agravante, já que a falta de precipitação acaba influenciando na fonte de 70% (Época, 2015) da energia do país.       Outrossim, o crescimento desordenado das grandes cidades, e o desperdício observado nestas, é um intensificador do problema. Somado a isso, a distribuição de recursos energéticos e hídricos é desigual e necessita de expansão, a qual se torna inviável ante as atuais condições ambientais. Contudo, o consumo urbano não é o único que preocupa. As produções agropecuária e industrial são as maiores usuárias de tais meios. Nesse contexto, vale destacar o uso indiscriminado da água na agricultura como um dos maiores contribuidores para a crise hídrica.       Diante do exposto, mostra-se necessária uma ação do Estado, da iniciativa privada e da sociedade. O primeiro, através do executivo e do legislativo, deve investir na diversificação de matrizes energéticas e no enrijecimento das leis de preservação ambiental, para garantir o abastecimento; a segunda deve promover pesquisas para o uso consciente desses recursos, o que diminuiria seus próprios custos e ajudaria a amenizar o problema; a última deve rever seus padrões de consumo, a fim de evitar que a problemática se torne ainda pior.