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Enviada em: 02/10/2017

O Antigo Egito foi uma das maiores e mais importantes civilizações e seu desenvolvimento só foi possível graças ao Rio Nilo. A sociedade egípcia cresceu às margens do rio, precisando dele para a agricultura, pesca, locomoção e transporte de carga. Com o passar dos séculos, o homem e suas mais diversas culturas criou modelos de vida variados, com inovadoras tecnologias, sendo cada vez mais dependente dos recursos hídricos. No Brasil contemporâneo, a água desempenha um papel fundamental na economia e na geração de energia. Quais seriam os impactos de uma crise hídrica brasileira?        Enquanto o petróleo e outros combustíveis fósseis dominam a matriz energética mundial, no Brasil tal posição de destaque é ocupada pelas hidrelétricas. Sendo assim, quando ocorrem períodos de estiagem a produção de eletricidade no país é ameaçada. De acordo com o professor de Economia da USP, Heron do Carmo, a crise hídrica de 2015 encareceu em cerca de 8% a energia elétrica nas residências, entre janeiro e fevereiro do mesmo ano. É possível concluir que a falta de chuva tem um impacto negativo no bolso dos cidadãos.        Quando ocorre uma queda no nível dos reservatórios, as usinas termelétricas são acionadas. Tais usinas queimam combustíveis, gerando o calor que é utilizado para a produção de energia. Em função do uso de combustíveis fósseis, sua energia é mais cara do que a obtida nas usinas hidrelétricas, além de emitir gases poluentes. Com a crise hídrica, o uso das usinas termelétricas se faz necessário, aumentando o preço da conta de luz e prejudicando o meio ambiente com o agravamento do efeito estufa.        Conforme a sociedade progride, a busca por geração de energia limpa, que depende mais de investimentos do que do índice pluviométrico, deve ser estimulada. Em um país como o Brasil, onde a radiação solar possui níveis elevados devido à posição geográfica, a energia proveniente do Sol representa uma ótima alternativa: o governo poderia abrir concessões e realizar estímulos fiscais às empreiteiras que desenvolvessem projetos de casas, prédios comerciais e residenciais que priorizassem o uso da energia solar. Além disso, em regiões como o Nordeste, que apresenta enorme potencial eólico, tanto o governo local quanto a população deveriam pressionar empresas públicas e privadas de geração de energia à optar pelas usinas, fazendas e parques eólicos, oferecendo benefícios como isenção de impostos para as que aceitassem. O Brasil é um país rico de possibilidades para a geração de energia e, no futuro, espera-se que a crise hídrica não o afete tão drasticamente.