Materiais:
Enviada em: 02/11/2017

A crise hídrica brasileira existe desde 1934, quando houve a primeira crise que se estendeu além da região Nordeste. Nesse contexto, desde então, ela tem sido recorrente nos debates econômicos e sociais, visto que a situação atual é agravante para a geração de energia elétrica, bem como abastecimento hídrico para a população. Portanto, torna-se necessário analisar as vertentes deste quadro, a fim de encontrar soluções viáveis.       A principal causa da crise atual relaciona-se aos períodos de seca devido à falta de chuva. Aliado a isso, as indústrias e agronegócios intensificam a situação, posto que, grande parte do desperdício de água vem desses meios de produção. Além disso, a gestão governamental e a população também tem culpabilidade, pois uma porcentagem da água é desperdiçada em seu transporte e no uso individual por cada cidadão.       Como citado anteriormente, uma questão preocupante é a relação entre a crise hídrica brasileira e a geração de energia, dado que, historicamente, o Brasil opta pela energia hidrelétrica em razão da quantidade de rios existentes no país. Entretanto, é evidente que este não tem mais sido um meio viável e funcional, em virtude da grande quantidade de rios que secaram e a recorrente ausência de chuva. A exemplo disso, em 2015, por algumas horas ocorreu um apagão em 10 estados brasileiros e no Distrito federal. Por consequência, atualmente, é comum o rodízio de água em diversas regiões brasileiras, principalmente no estado de São Paulo, além do aumento da inflação nas contas de água e luz.       Em vista dos argumentos apresentados, são necessárias ações conjuntas do Governo, população e empresas. Primeiramente, o Ministério de Minas e Energia deve redirecionar verbas para o aumento de investimentos na utilização da energia eólica, já que esta tem menor impacto ambiental, é renovável e independente de condições climáticas cíclicas, como a chuva. Ademais, o Estado pode reforçar a importância do uso prudente da água através do fornecimento de desconto nas contas de luz e água das empresas e dos cidadãos.